Expectativas

E daí?

E daí ...

Essas duas palavras, depois do dane-se, formam o maior instrumento para conseguir realizar a elevação espiritual.

Participante: o que o senhor está colocando, lidar com as emoções de uma forma leve...

Não estou falando em lidar com elas de uma forma leve, mas sem peso algum, sem importância alguma.

Participante: entendo... Mas, porque parece que em determinados momentos eu perco a autônima de tomar essa decisão...

Não parece que perde; perde mesmo.

Participante: não estou falando de perder a autonomia em não mudar a emoção, mas em não conseguir trata-la sem peso.

Isso acontece com todos. Por isso, quando perder a autonomia de tratar a emoção sem peso, trate sem peso a sua ação de não conseguir trata-la sem peso.

Entenda: é sempre momento a momento. A cada momento há uma ação da razão gerando uma consciência, que engloba uma verdade, uma realidade e uma emoção. Em cada momento que ela age, há um trabalho que você precisa fazer. Esse trabalho se consiste em viver o que está se passando, a consciência que está sendo gerada, sem viver o peso da razão construída. Para realizar esse trabalho é que estou destacando a locução ‘e daí?’.

Aprender a usar essa locução é o ápice do trabalho para a evolução espiritual. Usá-las é ter se tornado um doutor, um sábio na realização da reforma íntima. Digo isso porque o daí, ou seja, a importância do acontecimento (a consciência humana do momento) é o que dá o peso ao momento que está sendo vivido.

O ‘e daí’ é o melhor instrumento para tirar o peso do momento presente. Por quê? Porque a aplicação consciente dele passa a informação de que não se compactua com o valor que está sendo aquilo pela razão.

Prática: ‘estou com raiva. Estou. E daí?’ Isso gera a consciência de que existe uma raiva, mas que esse fato não tem a menor importância para mim. Quando se entra nesse estágio de vida, a raiva que é vivida pela razão não tem peso para o ser.

Quem vive assim é equânime, pois a raiva vivida não tem importância alguma. Ela teria importância se levasse ao algum lugar: à contrariedade ou a exaltação de ter.

Portanto, o trabalho que pode ajudar a todos que me ouvem e tentam colocar o ensinamento em prática é, quando tentar colocar em prática e não conseguir dizer a si mesmo: ‘tentei, mas não mudei o sentir. E daí’?

Agindo assim, você tira o peso que surge porque acha que tem a obrigação de não mais sentir essas emoções, mas continua sentindo. Quem busca ser feliz não pode dar um valor alto para a obrigação de fazer o que acredita ou o que Joaquim fala. Ele precisa estar livre dessas obrigações e isso só se consegue aceitando que se não conseguiu, não deve sentir-se pesado.

Demos vários exemplos, mas isso não vale só para eles. Vale para qualquer coisa dessa vida. As pessoas em dizem que por mais que entendam o que ensino, chega na hora elas caem. Respondo a essas pessoas: ‘caem, e daí? Vocês não são perfeitas para conseguir sempre’!!!!