Antes de falarmos do dia-a-dia da vida dos seres humanos, preciso falar ainda de uma série de características que influenciam a formação das idéias humanas. Estas características foram ensinadas pelo EEU sob o título “As Quatro Âncoras”.
“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, quer dizer sem ciência. Deu a cada um determinada missão com o fim de esclarecê-los e fazê-los alcançar, progressivamente, a perfeição para o conhecimento da verdade e para aproximá-los Dele” (O Livro dos Espíritos – pergunta 115).
A encarnação é uma missão que Deus dá aos espíritos para esclarecê-los e fazê-los aproximar-se Dele. Podemos comparar o espírito no Universo como um filho que mora com os pais, mas que não se coaduna com a família que vive. É o filho que coabita o mesmo teto dos seus pais, mas não participa dos ideais familiares, achando que seus pais são caretas, que não sabem de nada...
O que faz com que o espírito não vivencie o mesmo que seus pais eu já falei: o egoísmo. No Universo o que predomina é o universalismo, ou seja, a perfeita comunhão entre todos. No entanto, alguns espíritos vivem o egoísmo, ou seja, estão mais preocupados consigo mesmo do que com a comunidade que vivem.
Joaquim ao falar da mente humana comparou-a a uma árvore, ou seja, disse que os desejos individualistas expressos pelos pensamentos (eu quero), marcas maior do egoísmo, são frutos da ação de outro elemento: as paixões. Paixão é aquilo pelo qual o ser humano é apaixonado, ou seja, gosta, diz que é seu ou afirma saber.
Estes elementos formam a árvore constitutiva dos pensamentos. Claro que eles são alimentados pelo egoísmo, mas, entre este sentimento e as paixões, o EEU ensina que existem elos de ligação que se traduzem em características implícitas em todos os pensamentos. Essas características foram chamadas de “As Quatro Âncoras”.
Elas foram chamadas assim porque, como âncoras, aprisionam o pensamento ao egoísmo. Por causa da presença destas características, jamais o egoísmo estará ausente dos pensamentos humanos, mesmo que de forma não aparente. Além disso, o nome se deve porque, assim como âncora é formada de dois garfos, as características do pensamento existem em pares.
Vamos a elas...