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Como se pode distinguir o bem do mal?

O bem é tudo o que é conforme a lei de Deus; o mal, tudo que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.

Vamos começar a estudar o bem e o mal. Antes quero relembrar a definição de bem e mal que já conversamos. Bem é aquilo que está de acordo com o mandamento trazido por Cristo: amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Mal é quando não se cumpre esse mandamento, ou seja, se ama mais a si mesmo do que a Deus e ao próximo. Bem é universalismo, mal é individualismo.

Será sobre isso que iremos falar. Vamos estudar o bem e o mal. Vamos falar do individualismo, ou seja, achar que só tem que fazer o que quer, na hora que quer, do jeito que quer e que todos têm que se subordinar a isso. Também vamos falar do bem, do universalismo que existe na hora que doa de si, doa as suas vontades, os seus desejos, pelo amor a Deus e ao próximo sem sofrimento.

Fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Então, não é dar um prato de comida, elogiar os outros, contar piada para alegrar o ambiente. Fazer o bem é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Da mesma forma fazer o mal não é dar um soco nos outros, criticar, brigar. É não amar a Deus sobre todas as coisas. Fazer o mal é achar que tem o direito de ser sempre atendido nos seus desejos e vontades.

Isso é fazer o mal porque quem ama a Deus sobre todas as coisas dedica a Ele as suas intenções: ‘gostaria de estar fazendo isso, mas não estou, então permaneço em felicidade amando a Deus’. Fazer o mal é querer ser mais que os outros, é amar-se mais que ama o próximo.

Essa é a única maldade que existe. O soco desferido contra alguém pode ser uma consequência da maldade, mas não o próprio mal. A crítica pode ser uma consequência da sua maldade interior, mas não é ela que é má; o mal é o individualismo. Isso é maldade.

Isso precisa ficar bem claro, pois Deus não julga atos, mas intenções. E como Cristo ensinou, só Ele conhece na realidade a intenção de cada um. Por isso afirmo: só Deus conhece a bondade ou a maldade dos outros.

Ter a consciência que só Ele é capaz de reconhecer o bem e o mal é importante para pararmos de julgar o próximo pelos atos, pois as ações pouco representam para o mundo espiritual. O que vale é a intenção e não o ato.

Muitas vezes um carinho cercado de falsidade é um mal muito maior do que uma crítica sem sentimento de criticar. Lembre-se: a maldade está na intenção e como não conhecemos a intenção de ninguém, não podemos julgar nunca. Diga para si mesmo: não sei se foi um mal, pois só Deus conhece se aquela pessoa é boa ou má.

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