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O misticismo como depende do mundo místico para existir, busca, então, conhecer o mundo universal. Mas, como já vimos, ao ser humanizado é impossível conhecê-lo. Por causa desta dependência, então, verdades são atribuídas a este mundo, mas elas não passam apenas de uma interpretação humana da realidade e não a própria.

Querem um exemplo? Alguém aqui já viu um espírito?

Participante: eu só ouço.

Pois é, como você pode ouvir um espírito se ele não tem voz? Mais: não tem boca nem cordas vocais.

Muitos afirmam ver espíritos, mas o que veem? Um corpo humano com cabeça, tronco e membros. Será que o espírito é igual ao ser humano?

“88. Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante? Para vós, não; para nós, sim. O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea”. (O Livro dos Espíritos)

Se o espírito é só um clarão, quem, então, viu o corpo humano e disse ser um espírito o viu realmente? Acho que não… Mas, acredita que viu, por quê? Porque o conhecimento místico disponível no planeta afirma que se pode ver espíritos…. Por causa da prisão a estes conhecimentos como se eles fossem real, o ser humanizado, então, imagina que viu o espírito, que interagiu com ele.

Participante: como, então eu escuto o que dizem os espíritos?

Como é que você escuta qualquer coisa deste mundo? Através da mente.

Tudo o que você ouve são apenas ondas eletromagnéticas. Estas ondas são codificadas por um emissor e recebidas pelos órgãos de sensibilidade do corpo físico. Através dos sistemas físicos humanos elas são transportadas até a mente e ali se transformam nos sons que você acredita ouvir.

A mesma coisa acontece com o que você ouve dos espíritos. Os seres do Universo trabalham fluídos universais que se transformam em ondas eletromagnéticas que são capturadas pelos órgãos do corpo físico e levadas à sua mente. Você me dirá, então, que diferença faz se eu escuto sons ou ondas eletromagnéticas: o importante é que escuto algo que vêm dos espíritos. Continua enganada: você não ouve o que vêm dos espíritos, mas sim aquilo que a sua mente cria para você ouvir.

Antes de continuarmos precisamos nos lembrar do que já falamos: a vida humana é uma provação para o espírito e ela é criada através da interpretação que a mente faz para os acontecimentos. Não existe o ato de ser roubado, mas sim o fato de alguma coisa que estava em seu poder passou para o de outra pessoa. O roubo é uma criação mental que existe para a provação do espírito.

Se tudo o que você diz ouvir dos espíritos são criados pela sua mente, isso quer dizer que estas coisas são cabeçalhos de suas provações e não verdades. O que você ouve não estava presente na onda eletromagnética gerada pelos espíritos, mas foram criadas pela sua mente. Ao codificar o que os espíritos emitiram, ela não se prendeu à verdade ou à realidade, mas sim naquilo que serviria para a sua provação no momento.

Ao fazer esta transformação o que a mente objetivou? Ora, se a provação do espírito está em abrir mão do seu egoísmo, da defesa de seus interesses individuais, tudo aquilo que a mente cria é fundamentado neste preceito. Ela faz isso para que o espírito que estudou sobre aquele assunto tenha, então, a oportunidade de optar pela forma de existência universal. Ou seja, aquilo que você ‘ouve’ dos espíritos, além de não ser real, é preso a um anseio humano e aos sistemas humanos de certo e errado e tem como objetivo atender a uma exigência que este ser faz à vida.

Viu como seus conhecimentos espirituais estão presos apenas ao mundo humano e não representam nada de real do espiritual?

Este é o problema de quem acredita nos conhecimentos místicos sobre o mundo espiritual vividos no planeta Terra: ele vive o que é humano como se espiritual fosse. Desta forma não consegue se focar na sua reforma íntima que o leva à elevação espiritual.

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