Participante: em uma situação onde uma filha se vê sofrendo por não gostar da sua mãe da forma que ela, mente, julga que deveria gostar. Não sente tanto carinho e proximidade com a mãe. Como fazer para evitar esse sofrimento?
Sabendo que não é obrigado a gostar da sua mãe do jeito que a sua mente diz que tem que gostar.
Ah, mas a minha mente está falando. Desculpe, engano: a sua mente não está falando nada. Ela está colocando um ismo, ou seja, uma rega. Uma rega que é baseada no quê? Baseada no que os outros pensam, no que os outros acham.
Ah, eu preciso lidar com a minha mãe desse e desse jeito. Por quê? Porque uma filha lida com a mãe desse e desse jeito.
Só que você não é uma filha qualquer, é essa filha específica, essa filha que lida com a mãe desse jeito e não daquele.
É preciso se assumir. Assumir o que você é, o que faz, como é. Assumir a si do jeito que é, mas, ao mesmo tempo, com a consciência que não existe certo nem errado. Cada um é do jeito que é. E não adianta querer se cobrar para ser melhor, melhor entre aspas, para ser diferente porque não consegue ser. Se conseguisse, já teria feito e hoje não teria mais problema nenhum.
Então, o caminho para essa vivência, para viver em paz, para superar o ismo, normas e regras que geram obrigações e necessidades, no tocante ao relacionamento com a mãe, é saber que essas regras não foram feitas para você. Foram feitas para quem quiser aceitá-las, para quem conseguir executá-las.
Você precisa entender que você é você e vive pelas suas regras e não tem que dar satisfação a ninguém de nada.
Então, viva pelas suas regras, viva como puder, como viver e não cobre de você ser igual a outras pessoas.