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Áudio

Participante: conheci um rapaz há apenas dois meses e senti uma ligação muito forte. Ele já comentou comigo que a mãe desencarnou há uns cinco anos. Comecei a sentir a sensação de apego da mãe dessa pessoa, a dificuldade dela se libertar da vida terrena pela tamanha preocupação com os meus filhos. No momento dessa sensação, ou sei lá o que senti, orei junto a ela. Apesar disso continuo sentindo um apego, saudades, preocupação e sonho com esse rapaz de maneira exagerada. Isso para mim parece não ter lógica alguma pois mal o conheço. Pergunto sobre essa situação específica, pois está muito forte no momento.

Porém, não é a primeira vez que sinto isso com outras pessoas que já desencarnaram. Minha questão é, diante dessas situações, devo dividir com esse rapaz essas sensações da mãe dele? Sinto que tenho um trabalho a fazer, que está me chamando. Acho que preciso ajudar ao próximo, mas não sei o que é. Então, tenho essas sensações que têm a ver com esse chamado.

Como lidar com isso? É só loucura da minha cabeça? Preciso muito desse direcionamento. Gratidão.

Salve. Deixe falar uma coisa.

No universo não existe algo isolado. Há sempre uma unidade, uma ligação entre duas, três, quatro coisas, pessoas ou espíritos.

O que estou querendo lhe dizer? Esse fato não pode se referir apenas à mãe apegada a ele. Se a mãe estivesse apegada e ele não, ela estaria exercendo esse apego em outro lugar, não ao lado dele.

Na verdade, o que existe nesses casos, e sempre há isso, é uma obsessão mútua. É um obsedando o outro, um trocando energia com o outro. Isso é algo interessante que vocês precisam entender.

A razão humana, sempre tem como fundamento a existência de um inocente e um culpado, um maldoso e uma vítima. No Universo E num universo não existem nem culpados nem vítimas, pois os que estão unidos através de qualquer processo merecem um ou ao outro. Esse é o primeiro detalhe.

Você está sentindo apego por parte da mãe dele, mas saiba que há por parte dele a mesma coisa, a mesma vibração. Isso acho que fica bem claro quando você nota que apesar de conhece-lo há dois meses já sabe quando a mãe morreu, do que morreu, onde morreu. Isso deixa bem claro que ele puxou assunto com sobre a mãe logo no início do relacionamento. Ele falou ou você foi perguntar sobre a mãe?

Então, veja, há uma ligação forte entre ele e a mãe. É exatamente por haver essa ligação, porque os dois estão nesse processo de troca de energia, que diria que você deve intimamente, porque da boca vai sair o que tiver que sair, se preparar para essa conversa.

Sim, se preparar intimamente, porque a partir do momento que ele está nessa ligação, saiba que não vai querer romper o relacionamento. Se o apego fosse só dela para ele, como você sugeriu, poderia ser que ele quisesse se libertar, libertar a mãe. A partir do momento que observa que há uma troca energética, é sinal que os dois estão envolvidos. Por isso, digo que precisa se preparar para essa conversa.

Então, acho sim que você pode ajudar, pode falar com ele. Agora, se for falar, nesse momento estar com o coração aberto, sem a expectativa de que ele vai ouvir e achar que está certa. Não ir com a expectativa de que ele vai dizer muito obrigado por me ajudar.

Compreenda que não estou falando dele especificamente, mas por haver essa conexão não tenho como saber dizer se ele terá disposição para romper esse relacionamento. Sabe, tem muita gente que adora uma obsessão, adora uma troca energética com um morto. Por isso, cuidado com a sua expectativa.

O que você tem é um tipo de mediunidade. Essa presença, essa energia, é alguma coisa que as pessoas sentem, mas se puder ajudar, se conseguir ajudar, falar, faça. Se não for para falar, ajudar, não vai conseguir. Por isso, se fizer faça, mas sempre observando que a obsessão é uma troca energética, não algo apenas de um sobre o outro.

Você precisa estar bem tranquila intimamente para deixar a boca falar o que falar. Precisa, ainda, ter a expectativa sobre ouvir ou não. Saiba que ele não tem obrigação de ouvir. Está certo?

Esteja em paz, viu.

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