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Falamos muito nessa explicação sobre um determinado instrumento de Deus, mas o cachorro é apenas um exemplo. Tudo que existe materialmente falando é instrumento de Deus para ajudar o espírito a libertar-se de suas verdades.
Aplique o mesmo raciocínio a qualquer coisa do universo porque para tudo que puder imaginar haverá sempre os que gostam e os que não gostam dela. Deus, conhecedor desses mayas, sempre coloca essas pessoas em contato com aqueles que têm diferença de opinião. Faz isso para que os dois possam ver que aquilo em que creem não é universal, mas apenas uma achar individual.
Coloque no lugar do cachorro uma determinada comida, o fumo, etc. O cachorro é só um exemplo para entendermos o que é maya e o que não é.
O ensinamento de Dattatreya, no entanto, é muito mais profundo do que servir ao próximo, libertando-o da ação de qualquer instrumento divino que gere contrariedade. Ele diz: eu não conheço alguém que tenha prazer ou dor.
Sim, você não pode se apegar às suas verdades, mas também não pode se subordinar às do próximo. Foi o que Cristo fez quando expulsou do templo aqueles que comercializavam na casa do Pai.
Ele não se ateve a compaixões humanas: ‘coitados, estavam apenas trabalhando para ganhar o seu dinheiro e agora não têm mais como sustentar suas famílias’. Preocupou-se com os espíritos que estavam servindo a si e não a Deus. Fez isso porque não estava apegado ao ser humanizado, mas ao espírito.
Não se preocupou com o ato de expulsar gente simples que estava ganhando o seu sustento, mesmo que essa ação tenha envolvido a chibata, o que aparentemente poderia denotar uma agressão. Cristo preocupava-se em agir sentimentalmente e não com as ações que praticava.
Como o mestre afirmava, tinha a convicção de que fazia apenas a vontade do Pai. Por isso, participou daquela ação sem se apegar aos atos, mas amando cada espírito irmão que ali estava vivenciando seu mundo de ilusões. Sua preocupação era ajudar o espírito a alcançar a verdade e, para isso, não se preocupou com as poluições do ser humanizado.