Agora o conhecimento sobre a grande aventura do espírito começa a ficar mais claro. Encarnar é ligar-se a uma consciência transitória ou ego com o objetivo de realizar provas ou cumprir missões que são previamente escolhidas pelo próprio espírito. Essas provas e missões trazem consigo o risco não da falência, mas da estagnação e ainda o de não se alcançar àquilo que se esperava. Estes riscos, no entanto, são calculados, medidos por Deus e pelos próprios espíritos, o que dá ao espírito mais confiança para vivenciá-la.
Portanto, não é uma aventura tão inconsequente assim. É uma aventura muito bem planejada, onde nada fica ao acaso, onde todos os equipamentos necessários para que o espírito chegue ao bom sucesso estão presentes.
A aventura máxima do espírito pode ser comparada a um salto no escuro, no desconhecido, mas este salto é extremamente seguro porque é totalmente planejado, tem seus riscos calculados, como já vimos. Mas, esta segurança vai além do planejamento. Vamos entender isso.
Além do planejamento para a encarnação haver sido criteriosamente feito, o espírito durante a encarnação, ou ligado ao ego, possui guias que cuidam do caminho que será percorrido. São aqueles seres que a humanidade chama de mentores, anjo da guarda, ou qualquer nome que queiram dar. São os seres que ajudam os espíritos a realizar as suas provações.
Por isso afirmo que a aventura do espírito é como uma expedição de crianças em um parque de diversões: ele está caminhando através de trilhas aparentemente isoladas crente que está andando sozinho, mas, nas sombras, existem guias e mentores que estão agindo cuidando de sua segurança no caminho para que a aventura tenha bom sucesso.
Portanto, a encarnação, que nós começamos definindo como uma expedição de risco, é sim uma aventura, mas, ao mesmo tempo, é totalmente controlada, pois sempre aparecerá à frente do ser encarnado uma placa indicando que caminho deve tomar. Além disso, ela é totalmente acompanhada com atenção por guias ou mentores que estão sempre prontos para o socorro imediato àquele que se machucar no caminho, providenciando que o espírito permaneça sempre apto a continuar a sua jornada.
Não confunda, porém, minhas palavras. Os guias agem para que a aventura do ser chegue a bom termo espiritualmente falando e não materialmente. Por isso, não pense que estou dizendo que eles estão aqui para guiá-lo ao sucesso material, para obter o que quer agora guiado pelo ego. Eles não servem à identidade provisória que hoje você imagina ser, mas à sua Realidade: a espiritual.
Com tudo o que vimos até aqui, podemos começar a ter alguma noção do que é essa vida que vocês que estão encarnados hoje vivem. Podemos começar a compreender o papel das religiões, dos protetores, santos, anjos ou mentores. Enfim, podemos compreender a essência da vida e o que acontece nos seus bastidores. Mas, isso veremos com mais detalhes ao longo de nossas conversas.