Bíblia

A lei e a promessa

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Irmãos, vou usar um exemplo da vida diária: quando duas pessoas combinam e assinam um contrato, ninguém pode quebrá-lo ou acrescentar qualquer coisa a ele. Pois Deus fez as suas promessas a Abraão e ao seu descendente. As Escrituras não dizem: “e aos seus descendentes”, como se fossem muitas pessoas. Mas dizem assim: “e ao seu descendente”, isto é, a uma só pessoa, que é Cristo. O que eu quero dizer com isto: Deus dez um acordo e prometeu cumpri-lo. A Lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não pode quebrar aquele acordo nem anular a promessa de Deus. Porque, se aquilo que Deus dá depende da Lei, então o que ele dá já não depende da sua promessa. Mas o que Deus deu a Abraão, ele deu porque havia prometido.

O que eu vou falar agora é conhecido de vocês porque é “coisa da Terra”: quando se firma um acordo ele não pode ser destratado a não ser que aja comunhão entre as partes.

Deus fez um acordo com Abraão (receberei todo aquele que tiver fé) e este não poderia ser quebrado de modo algum, a não ser por aceitação de Deus e Abraão. Para compreendermos melhor o que Paulo ensina e o que estou querendo dizer, vamos precisar nos lembrar da história de Abraão.

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Cristo quebrou a lei

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Os que confiam na sua obediência à Lei estão debaixo da maldição de Deus. Porque as Escrituras Sagradas dizem: “Todos os que não obedecem sempre a tudo o que está escrito no Livro da Lei estão debaixo da maldição de Deus”! É claro que ninguém é aceito por Deus por meio da Lei, pois as Escrituras dizem: “Viverá aquele que por meio da fé é aceito por Deus”. Mas a Lei não depende da fé. Ao contrário, como dizem as Escrituras: “Quem obedecer aos mandamentos da Lei viverá”.

Porém Cristo, tornando-se maldição para nós, nos livrou da maldição imposta pela Lei. Como dizem as Escrituras: “Maldito todo aquele que foi pendurado numa cruz”. Isso aconteceu para que a bênção que Deus prometeu a Abraão seja dada, por meio de Jesus Cristo, aos não-judeus e para que todos nós recebamos pela fé o Espírito que Deus nos prometeu.

Deixe-me comentar um pouco este texto de Paulo, pois pode ser que estejam meio “perdidos”.

Paulo começa falando que a lei é “boa”, depois diz que ela é “má” e acaba dizendo que Jesus Cristo, pela lei religiosa hebreia, é mal visto por Deus porque foi crucificado. Vou falar rapidamente sobre isto porque neste mesmo estudo já tocamos no assunto e ele também foi à base do “Estudo da Carta de Paulo aos Coríntios I”.

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A elevação é pela fé

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Ó gálatas tolos! Quem foi que os enfeitiçou? Vocês tiveram diante dos seus próprios olhos, uma descrição clara da morte de Jesus Cristo na cruz. Respondamsomente isso: vocês receberam o Espírito de Deus porque fizeram o que a Lei manda ou porque ouviram a Boa-Notícia do Evangelho e creram nela? Como podem ter tão pouco juízo? Vocês começaram pelo Espírito de Deus e agora querem terminar pelas suas próprias forças? Será que a experiência de vocês não serviu para nada? Não é possível! Será que, quando Deus dá o seu Espírito e faz milagres entre vocês, é porque vocês fazem o que a Lei manda? Não será que é porque ouvem e creem na Boa-Notícia?

Como dizem as Escrituras Sagradas a respeito de Abraão: “Ele creu em Deus, e por causa da fé Deus o aceitou como justo”.

Deixe-me comentar a respeito desta notícia sobre Abraão, mesmo já tendo tocado neste assunto anteriormente.

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Um só Mestre

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Você não devem ser chamados de “mestre”, pois todos vocês são irmãos uns dos outros e têm somente um Mestre.

Que maravilha de ensinamento: todos somos irmãos, ou seja, somos iguais. Você não pode ser um mestre, ou seja, saber das coisas mais do que os outros, pois se assim fosse seria melhor que os outros.

Somos todos iguais, irmãos entre si. Se você tem o direito de achar que sabe é preciso que dê ao outro o direito de achar que ele também sabe. Se ele não faz como você fala é porque fez do jeito que achava que deveria fazer. Se ele não fez é porque achava que não tinha que fazer.

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Querem ser respeitados

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Gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças e de ser chamados de mestre.

Por que o professor da lei gosta de ser cumprimentado com respeito? Para ele, o respeito é a prova da fama. Os professores da lei gostam que os outros digam o quanto ele sabe. Gosta que os outros estejam sempre afirmando: ‘é um prazer e uma honra lhe cumprimentar’.

Por que eu deveria ter essa deferência especial pelo professor da lei já que ele é um ser humano igual a mim? Se ele vive a vida da mesma forma que eu (baseado no individualismo), então, porque é preciso bajulá-lo? Na verdade, o professor da lei não quer ser respeitado, mas bajulado. O que ele exige é o respeito pela sua superioridade. 

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Querem os lugares de honra

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Preferem os melhores lugares nas festas …

O professor da lei não aceita passar incógnito. Ele quer a posição de destaque onde quer que esteja. Não aceita ser mais um, mas quer ser sempre o principal. Esse é o professor da lei.

É aquele que se vangloria de ser o responsável por tudo, ser o dono de todas as coisas, aquele que sempre sabe. Esse é o professor da lei. Ele faz questão de sempre falar tudo o que sabe e quer estar sempre rodeado de outros que lhe adorem.

Para ele a bajulação é o alimento, é o ar que respira: não consegue viver sem. Imagina que terá isso por toda eternidade, mas mal sabe o que lhe reserva o destino depois da saída da carne: o abandono completo. Não como uma penalidade, mas para aprender a ser humilde.

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São vaidosos

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E olhem os pingentes grandes nas suas capas.

O “professor da lei” adora se enfeitar, estar bonito. Sabe para quê? Para causar boa impressão. Para que? Para mostrar o quanto é superior. Para que? Para poder amarrar fardos nas costas dos outros. Este é o ensinamento do Cristo.

Quando você vê uma pessoa excessivamente arrumada, “engomada”, é um “professor da lei” querendo aparecer, mostrar o quanto ele é importante. Age assim porque a humanidade acredita na aparência estética.

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Mostrar o quanto sabem

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Fazem tudo para serem vistos. Vejam como são grandes os trechos das Escrituras Sagradas que eles copiam e amarram na testa e nos braços!

Os sacerdotes, “professores da Lei”, no tempo do Cristo, tinham por hábito copiar pedaços dos textos sagrados em pergaminhos e prender nas roupas. Com este gesto afirmavam que possuíam o conhecimento daquele trecho. Isso é tradição até hoje: os judeus ainda enterram na porta da casa um pedaço da Tora.

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Amarram fardos pesados

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Amarram fardos pesados e põem nas costas dos outros, mas eles mesmos não os ajudam, nem ao menos com um dedo, a carregar esses fardos.

Todo “professor da lei” amarra fardos pesados nas costas dos outros: o que Cristo quis dizer com isso? Colocam obrigações e responsabilidades imensas sobre os outros. O professor da lei está sempre gerando obrigações para os outros, criando deveres para o próximo, os quais não o ajuda a realizar nem com um dedo. Isso é o que Cristo ensina.

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Não fazem o que falam

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Por isso, vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles dizem. Porém, não imitem as suas ações, pois eles não fazem o que ensinam.

A primeira constatação de Cristo: todo professor da lei tem autoridade, pelo conhecimento, para ensinar lei, mas perde a autoridade no momento que não pratica o que ele mesmo ensina.

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