Participante: gostaria de saber mais sobre o autismo. Tenho cinco pessoas em minha família diagnosticadas com essa doença e venho vendo um número crescente na população de pessoas assim.
Vou falar um pouco do assunto, mas de uma forma genérica.
Participante: já tive um sentimento de paz muito grande e como fiz para adquirir não faço a menor ideia. O senhor poderia me dizer se é um ismo ou se um dia sentirei isso ou numa frequência maior, por mais tempo? Porque sinto muita falta desse sentimento. Tenho uma inteligência racional muito forte, e emocional creio que até boa, mas a emocional sai do controle com raiva, e aí me sinto afastado de Deus, vem um abafamento, mas como não estou com ele, está neutro, mas não como o sentimento de paz que já senti, poderia comentar?
Claro que posso dizer. É tão simples: enquanto não tiver paz com a paz e com a não paz, não vai ter paz.
Participante: se o “não sei” e variantes pode ser uma ajuda para o objetivo espiritual, o que a sociedade entende como apatia seria esse “não sei”?
Esse é o próprio ensinamento do Khrisna. O Bendito Senhor chama a equanimidade de apatia. Apesar disso, preste bem atenção: trata-se de uma apatia com relação a algumas coisas e não generalizada.
Participante: ontem eu estava conversando com uma mulher que diz que fala com o Espírito Santo, e quando eu disse que amava o capeta veio uma dor onde tomo injeção para o meu problema de esquizofrenia, mas logo após alguns segundos a dor passou. O senhor poderia comentar?
Porque a dor é uma criação do ego. Não existe dor.
Participante: meu avô ouviu dizer que a gente ganha muito mais com Deus quando a gente suporta aquilo que a gente chama de ruim e ganha pouco quando faz algo de bom. O senhor poderia dizer algo sobre como suportar mesmo sentindo dor e achando que o que está sendo feito pareça desnecessário?
Saber que algo é desnecessário ou que está acontecendo uma dor, é resultado da aplicação de um ismo, ou seja, é viver uma obrigação.
Participante: como podemos entender esta passagem. “O mundo não te conheceu, mas eu te conheci e estes conheceram que tu me enviaste a mim”.
O mundo não conhece Deus. Até porque Deus é apenas uma ideia, é um ismo. O Deus conhecido pelos humanos, de qualquer segmento religioso, é um ismo, porque gera obrigações e necessidades para se viver com ele.
Participante: para mim é complicado. Quando a gente acha ou tem a sensação de que conseguimos o equilíbrio, acabamos achando que ganhamos algo. Conseguiremos algum dia ficarmos neutros?
Você pode estar neutra e nem sabe, já que a neutralidade é interna.
Participante: desculpa por essa pergunta. Eu vivo assim, se vivemos em um mundo de ilusão, como uma matrix, poderíamos criar uma ilusão, onde quem quiser pode ser um deus, viver todos os “ismos” e ter poder total? Assim todos poderiam viver seus sonhos e desejos, cada humanos viveria os ismos, teria poder de ser e ter o que quisesse, ou seja, uma matrix voltada a servir o humano e não a combater o humano.
Não, moço. Tem até uma pessoa na sala que se intitula Co-criador, mas ninguém pode co-criar nada.
Participante: eu me considero um praticante do “não sei”. Ao menos na tentativa. Mas ao praticar o “não sei”, acabo no meio disso praticando o não quero saber, não estou nem aí, não ligo, não me importo, deixa para depois, Deus que cuide disso etc, etc, etc… Gostaria que esclarecesse se as outras formas de dizer o “não sei” também ajudam o nosso objetivo espiritual ou se são armadilhas do ego?