A prática do auto conhecimento
Participante: a prática do autoconhecimento seria investigar os nossos conceitos, ego, ou se auto reconhecer no nada, no nada ser?
Não é investigar.
(mais…)Participante: a prática do autoconhecimento seria investigar os nossos conceitos, ego, ou se auto reconhecer no nada, no nada ser?
Não é investigar.
(mais…)Participante: então, uma das ilusões da vida seria o acreditar em causa e consequências materiais, sendo que na verdade o que está acontecendo é voltado a uma prova sentimental?
(mais…)Participante: o senhor poderia explicar o significado quando Jesus ou Cristo diz: “Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus?”
Dê à vida humana o que é da vida humana e a Deus o que é de Deus. É exatamente isso! Você precisa dar à vida humana o que é dela e dar a Deus o que é Dele. Sei que fica difícil entender, por isso vou dar um exemplo.
(mais…)Quero começar essa conversa falando sobre viver. É preciso porque não adianta nada tentar apender a viver sem saber o que é viver.
Essa mensagem, portanto, é basicamente para isso: para entendermos que a partir de agora vamos começar a aprender a viver e vamos começar a fazer isso conhecendo o que é viver. Vamos lá.
Viver é como ler um livro.
(mais…)O que é a vida humana? O que é a sua vida?
Por definição direi que é o fruto da ação dos cinco agregados. A vida humana de cada ser é o que surge da ação dos cinco agregados.
Sei que vocês acham que existe uma vida externa e que a vivem, mas isso é ilusão. Não existe uma vida externa, mas sim uma ação interna dos cinco elementos que se agregam ao ser quando do advento. É essa ação que cria determinada coisa que vocês chamam de vida.
Quais são os cinco agregados? A forma, as sensações, as percepções, as formações mentais e a memória. Esses são cinco processos que não existem no espírito em sua própria natureza. Eles se agregam ao ser universal quando esse encarna, assume uma personalidade humana.
A vida humana é o resultado da ação da forma das coisas, das sensações e formações mentais geradas pela mente, das percepções geradas pelos órgãos do corpo físico e das informações que são arquivadas na memória como verdades e realidades. Por esse motivo, é importante se falar um pouco dessa criação.
Quando falo que a vida humana é resultado da ação da forma das coisas, não estou falando apenas no desenho delas. Tudo aquilo que é percebido e que por isso é tratado como existente faz parte da ação deste agregado.
Somente aquele possui esse agregado consegue perceber elementos externamente. Sem a ação do agregado forma, não existiria o mundo exterior.
Se você, por exemplo, olhar para o chão verá algo que, para você, existirá. Por que isso acontece? Porque está vendo uma forma. Agora, se olhar para o ar, onde não há formas definidas, não verá nada e por isso, para você, o que existe lá não existe.
À ação do agregado forma se junta outra: a das percepções. É da ação da forma com a da percepção que surge o cenário da vida.
Toda forma que é percebida pelo ser humanizado forma o cenário da vida, ou seja, tudo aquilo com o que convive é fruto da ação desses dois agregados que surgem depois do advento. Isso quer dizer que o que não possui forma – e por isso não é percebido – não faz parte da vida de um ser humanizado.
Para falar disso, já usei por diversas vezes um mesmo exemplo. Olhem ao seu redor e me digam o que existe entre os seus corpos e o das outras pessoas que estão ao seu redor.
Não estou falando de algo sem forma, que nunca tenha sido percebido, mas de uma coisa com a qual convivem diuturnamente e possui forma. Só que quando está ligado ao ar não percebem nem se dão conta de que o elemento está ali. Outro detalhe: segundo a ciência, vocês necessitam desse elemento para existirem.
Conseguiram descobrir? Acho que não. Estou falando da água que está presente no ar. Aquilo que chamam de unidade relativa do ar.
Sim, entre cada um de vocês existe água. Esse é um elemento que vocês conhecem a forma. Por isso deveriam estar vendo. Só que quando ela se liga ao ar está em um tamanho não perceptível. Por causa disso, não sabem que estão rodeados por ele. É por este motivo, apesar de ser imprescindível, a umidade que está no ar não faz parte do cenário da vida que estão vivendo.
Este é um grande exemplo que nos mostra que a vida que vivemos não está externamente a nós mesmos, mas sim dentro de cada um. Se os elementos não forem percebidos pela mente, ou seja, não sofrerem uma ação de reconhecimento por parte de um agregado, não faz parte do mundo de cada um. Esta é a primeira conclusão que chegamos, mas vamos mais adiante para poder bem compreender o tema de hoje.
Participante: pelo que estamos conversando, a causa do sofrimento é o desejo que temos, que é diferente da realidade que acontece. Por causa desse desejo, então, é que sofremos. Sim. É o desejar diferente do que possui aquele que não é inteligente emocionalmente a sofrer. Participante: a partir disso, como posso ajudar as pessoas? Mostrando que errar é humano e persistir no erro é burrice. Sofrer porque tem síndrome do pânico é humano; persistir no sofrimento porque não consegue agir…
Participante: como fazer o processo de meditação numa situação de emprego. Você trabalha numa empresa e nela há um local que não gosta que é onde trabalha. Conversa com seu chefe e ele diz para esperar um pouco que lhe trocará de lugar. O tempo vai passando, as coisas não acontecem. Você vai ficando cada vez mais injuriado, gostando menos. Não sabe se sai ou fica, o que sabe é que está desgostoso. Está perturbado porque não quer ficar ali.…
Participante: Numa situação real. Por exemplo, a mente nos leva a culpar-nos por algo que fizemos. Como não se subjugar a esta verdade individual? Este é um bom exemplo onde podemos utilizar o que já aprendemos.O que você compreendeu que aconteceu é, na Realidade, uma verdade genérica que a mente lhe disse. O que está acontecendo não se trata de uma ação externa, mas de uma verdade genérica utilizada pela mente a partir de uma percepção de movimentação.Só que a…
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