Participante: A partir do que o senhor está comentando, me veio um raciocínio sobre o isolamento. Todos os mestres que estudamos até agora depois da “revelação” se isolam do mundo. Paulo inclusive falou nisto hoje: ele se isolou depois da “revelação”. Mas isto também aconteceu com Buda, com o próprio Cristo. Mas, a sua fala, o seu ensinamento, não coloca isto como uma regra: não é preciso isolar-se fisicamente para as tentações. Se os mestres precisaram do isolamento para solidificar a “revelação” que receberam, existe uma fórmula para nós solidificarmos o que estamos aprendendo, sem o necessário isolamento?

Deixe-me explicar uma coisa. A ação de cada ser humano, a “vida” de cada ser na carne, é diferente. Cristo, Buda, Paulo, tiveram uma “vida“ diferente da sua. Nela cada um destes espíritos precisava ter muito claro o caminho da elevação espiritual porque a missão deles era fundamental para a humanidade.

Então, estes espíritos missionários tiveram, como Paulo disse, que subir ao mais elevado céu e para isto foi necessário o período de isolamento para a solidificação de tudo o que iriam ensinar. Agora, você não tem a missão de ser um “Paulo”, um “Jesus” ou um “Buda”, mas apenas de cuidar de sua própria elevação. Diria, então, que você tem que aprender para você mesmo e não para transmitir aos outros. Portanto, você não precisa fazer este isolamento para poder atingir a perfeição que os outros atingiram.

Veja bem: a palestra de hoje foi basicamente sobre o não se prender a normas e padrões para se atingir à elevação espiritual. O que fez agora? Criou um padrão baseado na existência de outros espíritos. 

Não existem padrões. No entanto, a sua vida e a de noventa e nove por cento dos habitantes do planeta é isto mesmo: a luta de, hoje “erra”, amanhã “acerta”, constantemente.

Como eu disse, o plano Terra hoje é um mundo de provar a Deus que é capaz de buscá-Lo. Este planeta ainda não vive um Mundo de Regeneração, ou seja, de mudança completa. Só quando os seres encarnados lá viverem é que terão que se regenerar, ou seja, mudarem-se completamente.

Este é um mundo de busca, de provação a Deus que se quer buscá-Lo. Dentro deste objetivo, se o ser humanizado alcançar uma média cinco e meio, seis, já está bom. Ou seja, se sessenta por cento do seu tempo conseguir não sofrer já terá realizado o que tinha que ser feito nesta encarnação.

O problema é que hoje a maioria da humanidade vive noventa e nove por cento do tempo em sofrimento e um por cento aprisionada ao prazer. A felicidade incondicional, ou seja, estar acontecendo o que o ser humanizado não quer, mas mesmo assim permanecer em paz, ainda é utopia nesta vida. Isto precisa ser o seu estado de espírito em sessenta por cento do seu tempo. Neste momento estará aprovado para o próximo mundo.

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