Esse ensinamento não encontra fronteira nos relacionamentos humanos: deve ser aplicado em todos os casos. Uma mãe, por exemplo, que só é feliz quando seu filho é saudável, estudioso, comportado, serve-se dele para ser feliz. Para servi-lo ela deveria estar feliz sempre, independente do “estado” do filho. Não estamos falando em não orientar, mas nunca perder a felicidade.

Quantos pais orientam seu filho com raiva e fazem acusações de todos os tipos sobre ele? É preciso a manutenção do amor para bem orientar. Ao invés de brigar, gritar e acusar, sentar e conversar com o filho. Se mesmo assim ele permanecer na postura anterior, sentar e conversar novamente. Como ensinou Jesus Cristo: perdoar setenta vezes sete.

Os pais não conseguem fazer isso porque querem que o filho mude-se logo para eles (pais) conseguirem a felicidade. Enquanto o filho não for tudo aquilo que os pais sonham e almejam eles não estarão felizes. Portanto, servem-se do filho para obter a felicidade, ao invés de servirem ao filho com orientações amorosas e carinhosas. São inimigos de Deus que os ama incondicionalmente.

Todos os seres são filhos do Pai, encarnados ou não. Deus deu aos pais materiais o poder de orientar os filhos carnais e não de mandar ou comandar o destino de Seus filhos. É Ele quem determina o que acontecerá com cada um durante a existência carnal para que a Justiça jamais seja quebrada e para que cada um receba de acordo com suas obras.

Os pais carnais, no entanto, não compreendem dessa forma porque querem se servir dos filhos (ser feliz à custa das atitudes dele). Por isso querem comandar o destino do filho, ou seja, fazer com que sigam determinados caminhos. Isso é impossível, pois por não possuírem o conhecimento sobre a Realidade, os pais, muitas vezes, estariam levando-o a desperdiçar a oportunidade da encarnação.

Os pais, como seres guiados pelo ego, vivem pela busca do individualismo e apenas isso sabem ensinar ao filho. Se o destino desse filho estivesse nas mãos dos pais carnais sua vitória sobre o ego estaria comprometida, pois eles saberiam apenas ensiná-lo buscar se servir dos outros.

Além disso, a própria rebeldia do filho serve como prova para a vitória dos pais sobre os seus egos. Servindo-o com amor incondicional, sem estabelecer parâmetros para que esse amor (estado de espírito de felicidade) exista, os pais aprendem com os filhos a viver com os demais seres humanizados servindo-os.

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