Participante: só que tudo isso acontece num átimo de tempo.

Sim.

Participante: então, tenho que perceber esta ação. Como faço para perceber?

Já disse. Isso não acontecerá na hora. É depois que estiver consigo mesmo e a mente começar a pensar no que aconteceu que é preciso se perguntar porque ficou nervoso, porque ficou preocupado. Neste momento é preciso que compreenda que não foi você quem ficou, mas que foram os filtros da sua vida que criaram esta vivência.

Participante: na prática, quando ela entra em casa só pelo olhar dela já sei o que está sentindo. Neste momento os três filtros já entraram em ação. Portanto, quando olhar para ela, já estarei vivendo a preocupação. Imaginei que fosse aqui que tinha que filtrar o que estava vivendo.

Neste caso você está usando a palavra filtro de uma forma diferente. Está falando em filtrar a emoção no sentido de não a viver. Com relação a isso, a alterar a emoção com que se vive o acontecimento ainda vamos falar.

Participante: estou entendendo o que o senhor está falando. Só que acho muito difícil ver a ação de cada filtro. Será difícil ao percebê-la ver que isso é a ação de um filtro. Por isso estou querendo usar o termo filtro apenas para a parte final do processo da vivência.

Calma. Você já está querendo chegar ao final do processo e eu ainda estou no meio.

O que quero que compreenda agora é que, como disse, quando ela abrir a porta e você reconhecer o estado emocional, deve saber que isso não acontece por que ela está desse ou daquele jeito, mas porque algo dentro de você mesmo fez ver o que viu. Além disso precisa entender que não foi você que viu nada, mas que o seu programa gerou a visão.

Não foi você quem viu nada: foi o seu programa que ativou determinado ponto que criou aquela realidade.

Participante: foi o meu programa quem criou …

Isso, foi o seu programa quem criou aquela realidade.

Participante: se foi o programa ou eu, não importa. O importante é saber que quando ela abre a porta daquele jeito já sei como ela está.

Sabe? Quantas vezes já não se enganou? Quantas vezes imaginou que ela estava estressada e não estava? Portanto, a sua visão não é universal, não é verdade verdadeira.

Por isso insisto no primeiro detalhe que é fundamental para poder se realizar o trabalho: não é você quem está vendo nem ela que está do jeito que imagina. A realidade é que existe dentro de você uma forma de viver aquele momento e que essa é programada e independe de você mesmo.

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