Então, primeiramente é preciso pensar que tudo é originado através de um filtro que lhe faz achar alguma coisa. Deve saber que essas criações não são reais e que é impossível haver uma reação diferente, já que não há como ir contra a própria programação, mas que nada disso lhe pertence. Só a partir disso, pode querer parar de saber porque agiu de determinada forma, porque disse tal coisa, porque reage de tal forma, já que não é você quem está fazendo. 

Participante: só que enquanto o senhor está falando a mente está trabalhando. Ela está me perguntando quem fez esta programação, porque a fez desta forma, o que pretende com ela.

Nesse momento precisa observar que ela está lhe levando para a curiosidade que nada pode fazer por você. O que interessa saber quem fez o programa? Nada. O que importa é saber o que ele pode fazer com você. Isso resolve sua vida; o resto não ajuda em nada.

O que vocês precisam compreender é que a maioria das coisas porque sofrem não lhes pertence. Não são vocês que acham nada, que gostam de nada ou que desgostam de outras.

Participante: a maioria? Não seria tudo?

Não. Algumas coisas que vivem aqui estão ligadas à atual posição do espírito no mundo espiritual.

Participante: mas, essas coisas acontecem aqui?

Sim, estão representadas através dos códigos do programa que cada espírito vivencia.

Por exemplo, se o espírito ainda tem posse, ela está representada nesse mundo. Como? Quando o ser humano perde alguma coisa e acha ruim. Essa emoção é a representação da posse que está no espírito.

Apesar de parecer fácil saber a origem das coisas, afirmo que por mais que trabalhe junto à mente jamais conseguirá chegar à origem que está no espírito. Por isso, pare o trabalho antes disso, mas tenha a certeza de que a dor por ter perdido algo não é sua, mas está no programa, pertence a ele e não a você.

Participante: o que o senhor chamava antes de ego, agora está chamando de programa. É só essa a diferença do que já falou antes.

Sim, mas essas mudanças de palavras são necessárias para mudar algumas compreensões.

O ego para vocês ainda é uma personalidade, uma pessoa.

Participante: sim, tratamos ele como se fosse uma pessoa.

Pois é, por isso se anexam a esse suposto ser. O que estou falando é do eu humano que você, espírito, acha que é. O que estou fazendo hoje é querendo lhe desvincular desse eu.

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