Participante: a gente pode ter objetivos emprestados? Por exemplo, a gente pode ter objetivos transmitidos pelos pais, pela sociedade, etc.? Podemos vivê-lo como sendo o nosso objetivo?

Mas, é sempre isso que acontece …

Quando encarnam, os espíritos são seres do universo. Durante o seu desenvolvimento na massa carnal a família diz que eles devem tomar banho todo dia, que devem comer nas horas certas. A sociedade diz que têm que pagar suas contas em dia, que devem ouvir som em volume baixo, etc. Nesse momento, o ser, que encarnou esquece tudo aquilo que lhe motivou antes de vir à carne e passa a vivenciar como objetivo de vida essas normas que o mundo humano coloca. 

É por conta dessa discrepância entre o valor essencial da vida de um espírito liberto da humanidade e do ser humanizado que Cristo, depois da crucificação, diz aos seus apóstolos durante uma conversa na casa de Maria Madalena: ‘vá e anuncie o Reino dos céus, mas não junte à lei de Deus nenhuma norma que eu não tenha ensinado’.

A única lei que Cristo ensinou foi a do amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Todas as outras são criações da mente para, através da alteração do sentido de vida, gerar as provações do ser durante a sua encarnação.

Para poder se libertar do sentido essencial da vida que a mente cria, saiba que ela não está preocupada em usar o valor espiritual no seu filho, por exemplo, mas sim em torná-lo um ser humano seguidor das normas humanas e com isso alcançar o sucesso material. A mente não está preocupada em ajudá-lo a vivenciar o valor espiritual de um filho, mas sim torná-lo um ser humano com sucesso e desta forma conseguir a fama.

A mente não possui objetivos espirituais: ela só tem valores materiais. Se você conquistou a fama, ela quer que seu filho também a conquiste; se não conquistou, quando cria as orientações que você precisa passar a ele, só quer que ele a conquiste.

Compartilhar