Participante: apesar de aceitar os seus ensinamentos, não consigo me libertar do que querer saber. Por isso, quero fazer uma pergunta. Gostaria que falasse do autor Jan Val Ellan e de um livro que ele escreveu: O drama cósmico de Javé.

Não posso falar nada sobre essa obra porque não a conheço, não sei do que se trata. Posso falar sim desse e de qualquer outro autor humanizado, porque sei o que é ser um humano.

O ser humanizado é um instrumento da obra geral, das encarnações do espírito. Por isso, não importa qual seja o autor, quem seja o ser humanizado que esteja falando ou escrevendo alguma coisa, é um instrumento da obra geral. Por esse motivo o que faz não é certo nem errado, bonito nem feio, mas apenas um instrumento da provação dos espíritos encarnados nesse planeta.

Essa é uma questão, já que coloca que não consegue fugir da busca do conhecimento, que precisa entender. Ninguém possui o conhecimento absoluto das coisas, nem eu, nem esse autor e nem os mentores espirituais que trazem ensinamentos a esse orbe. Cada um é mensageiro de uma mensagem que não é verdade nem mentira, mas instrumento específico para gerar provações a determinados seres.

A verdade verdadeira, a realidade real, não existe nesse mundo, não está à disposição da mente humana, que aliás nem teria capacidade para compreendê-la. O que está disponível são gatilhos para disparar determinadas provas para grupos de espíritos.

Então, o que posso falar sobre qualquer autor ou sobre qualquer livro é que todos são instrumentos para a obra geral, todos contribuem para que os carmas dos espíritos encarnados no planeta Terra aconteçam. Apesar disso, gostaria de aproveitar a oportunidade, já que você diz que acredita e confia no que falo, para passar um recado.

Quando se fala em conhecimento espiritual é preciso que você, que está humanizado, compreenda uma coisa. Nada do que é espiritual, como acabei de dizer, pode vir dentro da realidade real a esse mundo.

A partir dessa informação, tem que entender que não há verdade a ser buscada, não há saber a ser conquistado. Existe apenas aquilo no que acreditará, aquilo que vai dizer que é verdade. Por isso, buscar o conhecimento, saberes, não posso dizer que seja algo errado, mas posso dizer que é algo desnecessário.

Por que isso? Porque só será verdade aquilo que acreditar que é. Se hoje já acredita em alguma coisa é a sua verdade. Esse é o primeiro detalhe.

Em segundo detalhe, a pergunta que já fiz muitas vezes: alguém já leu um livro que outro tenha escrito? Não.

Cada vez que lê um livro a sua mente cria uma interpretação para o que está sendo lido. Isso faz com que tenha um livro completamente diferente do que foi escrito e da leitura que outro fizer do mesmo livro.

Sendo isso verdade, o que é importante, o que está escrito ou os olhos que leem? Essa pergunta tem cabimento porque a interpretação nada mais é do que uma forma de criar verdades. Ler é fazer uma comparação entre o que está sendo lido e o que já acredita. É isso que vai gerar um conceito, uma opinião sobre o que está sendo lido.

Ora, se Cristo nos diz que deve ser fiel a si mesmo e se o livro será escrito por você, a verdade dele será determinada por aquilo que entender. Por isso diria que o importante não é buscar ou deixar de buscar conhecimento, mas ter uma base ligada ao que acredita para ler. Vou tentar lhe explicar isso.

Digamos que acredite em Deus como Causa Primária de todas as coisas. Digamos que acredite que não caia uma folha da árvore sem que o Pai a faça cair. Se expondo a um ensinamento que diz que determinado obsessor influenciou na vida de um ser encarnado e por isso esse ser se perdeu, irá acreditar no que está escrito. Com isso, deixará de ser fiel a si mesmo. Trairá a sua própria verdade, aquilo que diz acreditar. Por isso posso afirmar que não é fiel a si.

Portanto, o que quero dizer é que se não consegue parar de buscar, de ler, tenha firme aquilo que no que acredita quando ler. Estou dizendo que deve ler qualquer coisa aplicando as suas próprias verdades. Isso o fará gerar interpretações à partir do que acredita.

Não aceite interpretações de outros, não traia a si mesmo. Esse seria o conselho que teria para dar. Esteja firme, não no que Joaquim ou qualquer outro disse, mas naquilo que acredita, pois é isso que é verdade para você. Não traia a sua própria confiança, as suas verdades, a si mesmo.

Leia, busque, faça qualquer coisa, mas não deixe de ser leal a si mesmo.

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