Razão

04 – A razão é mal educada

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Participante: uma coisa que o senhor já disse é que devo deixar o outro ter a razão …

Quando falei isso usei a palavra razão no sentido de se achar certo: dar ao outro o direito de se achar certo. Agora estou falando no sentido de racionalidade. Você vai entender agora melhor o que estou dizendo.

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03 – O bem, o mal e a razão

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Ninguém gostaria de ser assaltado, pois consideram isso um mal. Por esse motivo, se isso acontecer, sofrem. Mas, será que é mal mesmo?

Participante: eu não quero ser assaltado porque vai dar muito trabalho comprar tudo de novo …

Veja como o que está dizendo não tem lógica. Cada vez que você compra algo novo fica feliz, não é? Pois então, deveria querer ser assaltado para ter que comprar tudo de novo para poder ficar feliz mais tempo …

Vocês estão rindo, mas o que falei não tem lógica? Só que a mente humana não funciona assim. Ela jamais criará uma razão desse tipo. O que ela dirá, para poder sustentar a ideia de que ser assaltado é mal e que por isso você precisa sofrer, é a ideia de que ser visitado por um ladrão lhe dará trabalho.

Participante: mas, não é só isso. Teremos que gastar dinheiro duas vezes na mesma coisa …

Essa é a lógica que a sua mente criou? Está certo …

Digamos que tenham roubado seu celular. Se isso acontecer hoje, com certeza terá que comprar outro. Neste momento, há uma grande possibilidade de você escolher um modelo mais novo, que tenha mais funções, não é? Isso não é bom? Então, ter o celular roubado é bom …

Participante: mas, a gente se apega às coisas materiais que temos …

Começou a aparecer o que a razão explora para gerar ideias que sejam fundamentadas na existência do bem e do mal. O apego, as posses, as paixões, o egoísmo … “Quem é esse ladrão para roubar as minhas coisas”?

Só há um detalhe: o ser humanizado não tem nada, tudo pertence a Deus. Ele, como Senhor do Universo, distribui as coisas para quem quer.

Claro que aqui não estou querendo dizer que o ladrão está certo, nem muito menos vou dizer que ele é errado. O que estou fazendo é mostrando como a razão humana funciona. Toda razão humana funciona gerando valores para as coisas desse mundo presa ao dualismo bem e mal.

Se isso é verdade, só posso lhe dizer que é ela que lhes propõe um afastamento de Deus e é você que se afasta quando aceita que essas qualidades existem. É isso que vocês precisam compreender.

Na verdade, não é você quem acha que alguma coisa é ruim, mas sim a sua razão. Não é você quem acha alguma coisa feia, suja, de mal gosto: tudo isso foi gerado pela sua razão para lhe propor um afastamento de Deus. 

Saibam que se vocês não estivessem expostos a uma razão humana, poderiam ver que o mal e o bem são apenas uma coisa: a Perfeição de Deus. Com isso poderiam viver felizes, pois ao invés de lamentarem terem sido roubados, exultariam pela chance de comprar tudo novamente e ainda por cima em modelos mais novos. Para quem ainda está preso à razão, viver essa exultação é impossível.

Portanto, se querem viver em paz e felicidade, precisam acabar dentro de vocês com a eterna luta do bem contra o mal. Para isso, precisam libertar-se da razão. Enquanto estiverem presos a ela, estarão vivendo o bem e o mal. Enquanto esse dualismo existir na realidade da vida, terão sempre o prazer e a dor.

Jamais terão a paz. Viverão sempre com medo de serem assaltados, de lhes ferirem, de lhes magoarem, de lhes matarem. Quem vive com a presença do bem e do mal está sempre morrendo de medo. Isso porque a única coisa que a divisão das qualidades em bem e mal faz é gerar sofrimento, causar dor.

A existência do bem e do mal leva a uma vivência da vida sempre com medo. Aqui mesmo no centro espírita vocês veem as pessoas com medo de trabalhos chamados de esquerda ou com obsessores, porque esses trabalhadores são tratados como maus. Na verdade eles não são. Os de esquerda são espíritos elevados, os obsessores são apenas irmãos perdidos.

Na verdade, tanto o trabalho espiritual com um como com o outro ajudam na possibilidade de ser feliz, mas a razão humana não deixa isso ser visto. Por isso, se perde muitas possibilidades de ajuda.

É isso que vocês precisam compreender. Se deixar levar pela razão é viver como todo ser humano vive, preso a eterna luta do bem com o mal, o que leva sempre ao prazer e a dor.

Se você quer paz, se quer viver feliz, precisa se libertar da razão. Aliás, o próprio Espírito da Verdade diz isso: melhor seria se fossem guiados pelo instinto e não pela razão. 

A insustentável leveza da felicidade

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Participante: tenho pensado muito sobre o título de um livro que comecei a ler. O título é ‘A insustentável leveza do ser’. A felicidade que Deus dá parece que não tem peso algum, porém quando quero agarrá-la por meio da razão parece sumir, como se fosse insustentável. Por exemplo: às vezes estou feliz sem saber que estou. Essa ideia de ser feliz só me vem a consciência quando penso posteriormente e afirmo que estava feliz. Porém, tão logo faço essa afirmação racional o estado de felicidade parece sumir. É assim mesmo? O simples fato de querer manter o tal estado de felicidade já é sinal de que ele não está mais presente?

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Viver é só viver

Participante: digo isso porque se você tem a ideia de raiva de alguém e conseguir vencer aquele pensamento acreditando que não é seu, acaba por não querer discutir ou brigar. Tem muita gente que diz que alcançou o Nirvana, que está em paz. Só que aparece alguém que pisando o dedinho dessa pessoa e a paz acaba. Não, o que você falou não existe. Não é o pensamento que comanda a ação: ele é uma parte dela. Não é porque…

A lógica ilógica

Participante: na nossa vida sempre uma situação vai puxando outra e não acaba nunca. Onde entre o universalismo nisso? Acaba sim: quando acabar a encarnação. Quando acabar a encarnação as situações vão acabar. Você está preocupada com o desenrolar das atividades nessa vida, mas ainda tem a eternidade para viver. Porque, então, se preocupar em quando vai parar? Está com pressa? Não tem jeito, vocês estão nessa gira, nessa roda. Portanto, se entregue a ela. Olha a mente agindo humanamente.…

Busca do poder

Participante: porque a mente humana busca o poder? Porque ela é a geradora da prova do espírito. Se não buscar o poder através da codificação de normas, da padronização e dos parâmetros de justiça, o espírito não tem provas. Com isso, não pode se libertar de suas impurezas. Se libertar das impurezas é a razão da encarnação. Por isso, se a mente não buscasse o poder não haveria necessidade de existir uma encarnação. A forma de proceder da mente fundamentada…

A prática do auto conhecimento

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Participante: a prática do autoconhecimento seria investigar os nossos conceitos, ego, ou se auto reconhecer no nada, no nada ser?

Não é investigar.

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Inimigos

Porque as pessoas fazem inimigos? Porque querem fazê-los. Na realidade, a mente humana só aceita como verdadeira uma informação que satisfaça seus desejos, suas vontades, suas características primárias ou natureza. Nada do que seja contrário a isso será aceito como verdadeiro, certo, bonito, bom, etc. Digamos, então, que uma pessoa por natureza ou porque se sente bem assim, gosta de brigas, de discussões, de debates. Sei que para muitos essa afirmação parece falsa, errada, mas é só observar o dia…

O que o coração sente a razão não conhece

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Participante: aprendi que sabemos quando a coisa vem do coração por ser pacífico e tranquilo. Quando vem da mente, ego, vem junto um estado de empolgação. Como fica isso?

Se sabe alguma coisa, já não vem do coração. Nada que vem do coração pode ser conhecido pela razão.

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Razão e coração

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Participante: hoje vindo para cá estava aproveitando para escutar as palestras sobre o monismo. Sei que tudo é prova, que é ilusão. Aí vejo um carro que quero muito ter um igual. Aí olho para aquilo e falo: bom, isso é uma prova. Tenho que deixar passar essa vontade. Mas também sei que esse passar é racional, não sentido no coração. Depois logo foi dito que a gente não consegue sentir, a gente não sabe quando sente no coração. É isso?

Deixe uma pergunta: o que é preciso para você saber o que vai no seu coração?

Participante: sentir.

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