O amor universal é composto por três elementos.

O primeiro é alegria, felicidade, ou seja, trata-se de um estado de felicidade permanente. Um estado onde não há contrariedades, medos. A felicidade daquele que ama é constante. Uma observação: entendemos essa felicidade não como uma exaltação, mas como um estado de espírito onde se alcança a harmonia com o universo e a paz interior.
A felicidade, portanto, é o primeiro quesito do amor universal. É preciso haver felicidade plena, eterna, para poder se dizer que está se amando universalmente. Aquele que possui um prazer passageiro, uma satisfação temporária, não pode dizer que está amando.
O segundo elemento do amor universal é a compaixão. Não estamos falando daquele postura onde o ser humano sofre pelo sofrimento do outro, mas sim aquela onde há a plena consciência do sofrimento alheio, sem sofrer junto com ele. Ou seja, não estamos falando de pena, dó, mas sim ter a consciência de que o outro sofre por fome. Estamos falando de não se prender a dizer coitadinho dele, que pena, que dó, mas sim reagir sem sofrimento pela situação do outro.
Aquele que tem a verdadeira compaixão, não existe a preocupação de sofrer, mas sim em manter a sua felicidade para poder transferi-la para quem está sofrendo. Esse é o que ama universalmente e não aquele que tem pena, dó dos outros. Ele tem a plena consciência do sofrimento do próximo, não participar dele, mas usar o amor para trazê-lo para a felicidade.
O terceiro elemento presente naquele que ama universalmente é a igualdade. Para se amar é preciso haver igualdade plena. Se quem ama se considera superior, essa emoção virou dominação; sendo de baixo para cima, torna-se submissão. Em nenhum dos casos é mais amor.
Apenas um detalhe. A igualdade que estou falando que deve existir em quem ama universalmente não se tata de tentar tornar os outros iguais a você ou tentar se tornar iguais e ele. Vamos entender essa questão.
Todos os seres humanizados são individualidades diferentes entre si. Essa é a realidade do universo: todos os espíritos são diferentes entre si. Eles são únicos. Por isso, a igualdade que estamos falando não pode se caracterizar pela uniformização dos seres.
A igualdade que estamos falando precisa manter intacta a característica individual do ser. Por isso a igualdade de quem ama universalmente se consiste em dar aos outros e a si mesmo o direito de ser, estar e fazer o que quiser. Quem ama universalmente vive uma igualdade que se consiste no direito de cada um ser diferente.
Se todos os espíritos são únicos, a única igualdade que pode existir é o direito de cada um ser diferente do outro. O seja, a igualdade do amor universal é baseada na liberdade de cada um ser quem for e mesmo assim ser amado.

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