“Então o Deus Eterno disse o seguinte: Agora o homem se tornou como um de nós, pois conhece o bem e o mal. Ele não deve comer a fruta da árvore da vida e viver para sempre”. (Gênesis – 3,22)

A constatação de como se desenrola a vida na carne deveria ser a maior prova para o espírito de que ele não possui poder de conhecer ou comandar os acontecimentos.

Ele busca um objetivo, imaginando ser o melhor para ele, mas quando o alcança, percebe que não era tão bom assim… Decide por um caminho a seguir, mas o destino (Deus) age e o leva para outro. Quando imagina que conhece todas as coisas, vem o desencarne e ele nada mais sabe…

Portanto, a vida na carne por si só já deveria mostrar ao espírito humanizado que ele não possui nenhum poder de decisão sobre as coisas.

O ser humanizado precisa compreender que não possui este poder, que não consegue mudar o seu destino (livro da vida). Libertando-se dessa ilusão o espírito pode, então se transformar novamente no simples que sempre deveria ter sido. Sem achar, querer, ser, estar, o espírito se transforma em simples.

Com o poder, o espírito humanizado torna-se tão complexo que nem ele mesmo consegue se conhecer. Frente a uma determinada situação reage de uma maneira, mas em seguida, novamente frente a uma situação igual, reage completamente diferente… Como pode querer o espírito ter poder, se nem ele sabe como reagirá?

Assim sendo, o espírito nasce simples. Quando adquire o poder, transforma-se em espírito complexo e precisa, então, fazer a sua reforma íntima para voltar a ser espírito simples, aquele que se entrega ao Pai e possui apenas um sentimento: o amor universal.

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