Só tem um pequeno detalhe: tudo isso que falamos agora acontece em algo que o ser humano chama de inconsciente.

O ser humanizado não vê nada disso acontecendo na sua vida. Ele não repara na existência dos processos com os quais o ego gera as realidades da vida humana. Isso não é perceptível para ele.

Este processo é perceptível para o espírito, mas não é para o ser humano, para o espírito humanizado, para o ser que vive o ego como se fosse ele mesmo. Como aquele que está ligado a uma personalidade transitória não tem acesso ao que é criado pela sua consciência espiritual, durante a encarnação os processos de criação da realidade pelo ego não são percebidos.

Por isso é preciso que o resultado deste processo aconteça de uma forma que o ser humanizado possa ter ciência, que possa ser conscientemente sabido pelo ser humano. A consciência que o ser humanizado tem do resultado do processo de formação de realidade pelo ego é aquilo que chamamos de consciente.

Portanto, os processos de criação da realidade ocorrem no inconsciente do ego e o resultado destes processos, o que é percebido e as emoções, existem no consciente.

Para que o que foi criado seja consciente, o resultado dos processos do ego são apresentados em palavras, imagens, ideias, sons através de uma coisa vocês chamam de pensamento.

O pensamento, portanto, é uma realidade formada pelo ego através da utilização do processo técnico e emotivo e existe para dar consciência ao ser humanizado da sua provação. O pensamento ao descrever e dar valor a um acontecimento gera uma realidade ilusória que leva o espírito humanizado a realizar a sua provação.

O pensamento, portanto, é aquilo que faz com que o ser humanizado tenha consciência, noção, de uma realidade para poder fazer a sua provação.

Sendo assim, posso dizer que a velocidade de um carro e a sensação de medo é traduzida em imagens, sons e ideias através de um pensamento (‘meu Deus, este carro está correndo demais’) e só então se transforma numa realidade para o ser humanizado.

O que o ser humano pensa não é a realidade, mas apenas a ponta visível (consciente) de um iceberg. É a parte visível do trabalho mental – estou usando palavras de vocês para explicar o que de outra forma não poderia ser explicado – que o espírito vivencia durante a sua ligação com o ego.

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