Participante: mas, posso ajudá-la a passar por isso?

Pode, mas sem a ideia de que vai acabar, que vai mudar, que ela deixará de ser.

Participante: isso eu sei. Conheço muitas pessoas há vários anos que são do mesmo jeito e já reparei que nunca mudaram.

Me diga uma coisa: quantas vezes você já me disse que estava preocupado com a sua esposa? Quantas vezes já veio me procurar tentando amenizar a dor que ela vive por causa de estresse no trabalho? Diversas, não?

É exatamente esta preocupação que vai acabar.

Participante: aí posso ficar com a preocupação de que não estou a ajudando a passar por esta situação.

Mas, você continuará ajudando. Para isso, falará na hora que tiver que falar. No entanto, não terá mais a preocupação quando não conseguir mais ajudar.

Participante: não sei não. O que está me vindo é que a partir de agora quando ela estiver assim eu não vou falar nada.

Isso você está achando aqui e agora. Quando chegar a hora da ação o que tiver que ser falado, será.

Começou a compreender a importância de entender isso?

Participante: entender, entendi. Só acho que já ajo desta maneira.

Não, você está sempre preocupado com o que ela vivencia.

Sempre que conversamos está buscando se tenho alguma mensagem para ela. Isso denota a sua preocupação, que humanamente falando é linda, maravilhosa, perfeita: alguém que gosta de outra pessoa e não quer que ela sofra. Agora, para o ser isso é danoso, pois nessa forma de ser existe o sofrimento, a contrariedade, etc.

Isso lhe ajuda neste ponto.

Participante: sim.

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