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“Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não mate. Quem matar será julgado’. Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: ‘Você não vale nada’ será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno. Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você, deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta a Deus.” (Mt. 5, 21 a 24)

Isto quer dizer que não existem os sete pecados capitais. Qualquer ato emocional que não seja amor, mas contrariedade, é passível da mesma pena.

A menina, que foi citada, que matou os pais ou você dizer para sua esposa que ela está errada em algum pequeno aspecto, tem para Deus tem a mesma força e intensidade. É isto que está sendo ensinado nessa parte do acordo: qualquer atitude que seja contrária ao outro tem o mesmo peso para Deus, não importa qual seja.

Mais. Está sendo dito aí que se alguém tem alguma coisa contra você, esqueça tudo. Largue toda sua adoração e vá correndo fazer as pazes. Fazer as pazes é ir até o outro e pedir desculpas, doar a razão a ele.

Existem dois pontos importantes nessa parte do acordo. Primeiro: não diga que qualquer coisa é banal e que por isso não afeta a Deus. Ele não se preocupa só com os assassinatos ou coisa de maior vulta; também se preocupa com a mínima coisa onde não exista a vivência do amor, mesmo que o ato seja corriqueiro. Para Deus, isso tem o mesmo valor de matar alguém. Segundo: não importa o que esteja fazendo, mesmo que seja louvando a Deus, se alguém tem alguma coisa contra você, pare tudo o que está fazendo e vá lá e doe a razão ao outro.

“Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, entre em acordo com essa pessoa enquanto ainda é tempo, antes de chegarem lá. Porque, depois de chegarem ao tribunal, você será entregue ao juiz, o juiz o entregará ao carcereiro, e você será jogado na cadeia. Eu afirmo a você que isto é verdade: você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda. (Mt. 5, 25 e 26)

Não importa o que seja. Se alguém tem alguma coisa contra você, não importa se você tem razão, não importa se você está certo, não importa se você é o bonito da história, saia correndo e vá pedir desculpas. Porque na hora que alguém reclamar de você no tribunal, para Deus gerou seu carma e acabou. Você vai ter que pagar até o último centímetro.”

Participante: o que a outra pessoa pensa, é a visão dela contra a minha pessoa. Ela é que tem algo contra mim. Por isso, necessariamente não preciso ir lá e pedir desculpas. Estando em paz com esta situação, estando bem comigo mesmo… Se eu tenho alguma coisa contra aquela pessoa, concordo: tenho que ir lá e pedir desculpas. Agora, se ela tem alguma coisa contra mim e eu estou em paz comigo mesmo, não preciso ir lá (com atos) e pedir desculpas.

Até porque os atos não é você quem vai fazer. Como sempre, estou falando de mundo interno. Internamente você tem que ir lá, até a pessoa, e pedir desculpas. Internamente…

O problema é que na hora que alguém lhe ofende, internamente você continua a discussão. Mais: no íntimo faz acusações. Por isso, internamente precisa ir lá e pedir desculpas.

Participante: e mesmo se houve de fato uma discussão, porém eu não me sinto preparado e por achar que não serei bem recebido em ir lá e pedir desculpas. Se eu fizer internamente isso e não continuar internamente esta discussão, achando mal desta pessoa, vale?

Vale. É internamente.

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