“Quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa. Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que não pode ser visto. E o seu Pai, que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa.” (Mt. 6, 5 e 6)

O que é orar? O que é uma oração? É uma prática religiosa. Por isso, posso estender o que Cristo fala aqui não somente ao ato de orar, mas a toda prática religiosa de uma ser humanizado.

Como o assinante desse pacto com Deus deve realizar a sua prática religiosa? Sem a necessidade de ir à igreja, ao centro, ao terreiro ou ao templo. A prática religiosa é feita no íntimo de cada um.

Tem muitos que vão ao centro ou a qualquer outro lugar para realizar a sua prática religiosa, mas não a está realizando dentro de si. Que adianta ir? Participam da palestra, da gira ou seguem todos os rituais da missa e do culto, mas o seu mundo interno está em outra parte. De que adianta estar presente fisicamente ao acontecimento?

Esses já receberam o que tinham que receber. O que foi? O prazer de estar ali. A realização do ato desejado: estar ali. Eles não vão receber mais nada, como por exemplo a bem aventurança. Já aquele que pratica a sua religiosidade dentro do seu mundo interno, estando dentro do centro ou não, recebe o que é prometido por cumprir o acordo.

Participante: mas o que seria praticar essa religiosidade?

Sua fé.

A religiosidade tem doutrina e rito. Na religiosidade se pratica o rito. Por exemplo, meditação.

Meditar é um rito de uma religiosidade. A prática desse rito religioso deve ser feita no seu íntimo, não no seu mundo externo. Quem sabe disso, ao invés de se preocupar com posições do corpo que mostrem a meditação, ocupa-se com o pensar os seus pensamentos.

Todo o ritualismo religioso deve ser feito no interno e só ocupar-se com ele. Por isso pode ser feito em qualquer lugar e a qualquer momento, ao invés de se preocupar com o dia certo para ir para o centro ou igreja ou com a forma externa de fazer a meditação.

Participante: nós espiritualistas que seguimos seus ensinamentos, falando por mim, depois de estudar e praticá-los não consigo fazer praticamente mais nada de rituais.

Nenhum problema. Estou comentando porque tem gente que mesmo depois de ouvir ainda reza, faz oração, meditação, acende vela para Santo. Isso não tem problema, é ato. Pode acontecer …

Para quem ainda pratica tais ações fica o conselho: tudo isso tem que ser vivido internamente não externamente. Quem faz preocupado com o externo faz para que outros vejam. Esses já receberam o que mereciam.

Participante: eu não faço nada.

Não tem problema, mas tem gente que faz.

Se o que estou falando não serve para você porque não pratica nenhum ritual religioso, ótimo, louvado seja Deus. Agora, não se esqueça que o ato de pensar nos ensinamentos, como você faz, é um ritual religioso. É um ato que está ligado a uma doutrina religiosa. Isso é um ritual

Participante: pode-se falar que a oração seria um sintonização, não importa o ato que seja praticado?

Pode. Se você usar ela para sintonizar. Tem muita gente que usa a prece para outras coisas e não para se sintonizar. Por isso não se sintoniza durante a prece.

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