Participante: aqui neste planeta não há como viver o sentimento puro?
Não, o sentimento pertence ao espírito, aquele que vive no mundo onde não existe razão. Enquanto houver motivo conhecido para sentir, só haverá emoção.
O mundo humano é cem por cento razão.
Participante: o espírito não pode transmitir ao humano um sentimento?
Não, porque ele acha que é você. Ele vive o que você está vivendo.
Não tem escapatória, não existe nada nesse mundo que possa ser usado para lhe amparar.
Participante: até o amor?
O amor incondicional não pertence a esse mundo.
Portanto, o amor que vocês conhecem não é um sentimento, mas sim uma emoção. Vocês só amam quem querem amar e por motivos que imaginam que justificam o que pensa.
O que vocês sentem não pode ser considerado amor incondicional porque só amam desta forma porque acreditam que têm que amar assim. Isso é uma condição para amar o amor incondicional.
Esse mundo é cem por cento razão. Por isso não existe emoção aqui.
Participação: não a verdadeira.
Não existe emoção falsa ou verdadeira: todas são falsas, porque não são sentimentos. O que existe é uma razão que é rotulada como emoção. A raiva é um raciocínio raivoso que tem como finalidade que aceite a raiva como fruto daquela ação.
Portanto, não há como conseguir algum lenitivo. É necessário agir contra qualquer emoção e para isso é preciso trabalha-la como o fruto de uma razão que lhe é oferecido.
Voltando ao que você disse originalmente (existem alguns que são mais racionais e outros que são mais emocionais), eu concordo, mas mudo um pouco: existem alguns que se baseiam mais por raciocínios emocionais enquanto que outros seguem mais a lógica.

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