Mulheres, obedeçam aos seus maridos, como obedecem ao Senhor. (Capítulo 5 – versículo 22)

Participante: esta é uma afirmação bem polêmica.

Já respondemos esta questão em outro livro de Paulo. O apóstolo era um ser humano, por isso ia e voltava nas suas afirmações. Como Cristo também teve, na passagem onde pergunta porque o Pai lhe abandonou, ele tem momentos de humano e outros de espiritual.

Como pode alguém que disse que a lei é que gera o pecado agora querer obrigar a mulher a servir o seu marido como serve ao Senhor? Se isso fosse levado ao pé da letra, teria desdito tudo o que já disse.

Portanto, nesta frase está aparente a humanidade de Paulo, que estava se ligando aos hábitos e costumes do povo de então. Como ela às vezes se apresenta, temos que separar as coisas.

Apesar disso, eu afirmo que a mulher deve sim obedecer o marido, assim como o marido deve obedecer a mulher. Digo isso porque esse é o ensinamento anterior de Paulo que também já vimos, onde diz que um deve obedecer ao outro. O respeito mútuo às necessidades do outro faz parte do amor universal.

Portanto, agora, ele não poderia dizer que só um tem que obedecer o outro. Por isso, não leve tão a sério esta questão.

Participante: a partir disso, podemos concluir que as religiões que levam esses escritos ao pé da letra, como direi, estão equivocadas? Que termo posso usar para elas?

Eu diria que levam ao pé da letra. Só isso.

Participante: como prova para aqueles que são vinculados a estas religiões?

Sim.

Até hoje existe a prova de espíritos onde a mulher tem que obedecer o seu marido. Antigamente ela era mais comum. Hoje nem tanto, mas ainda existem seres que precisam viver isso para suas provações.

Antigamente para a provação havia a necessidade da mulher sentir-se dominada pelo homem. Hoje essa teatralização de provas é mais difícil, apesar de continuar existindo. Isso quer dizer que Deus já está trabalhando com uma nova programação para as provas, mas quando é o caso, ela ainda está disponível.

Hoje os seres que encarnam como mulheres já possuem mais liberdade, mas isso também não é algo para se supervalorizar, pois continua sendo uma prova: a de não confundir liberdade com libertinagem. Antes as provas eram vividas com subordinação ao marido, hoje com o anseio de ser superior a ele.

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