Mas, esse conhecimento não deveria pertencer apenas aos espíritas. Os próprios cristãos não espíritas, que dizem não acreditar na existência do mundo espiritual ativo, para poderem demonstrar o seu amor por Cristo, deveriam acreditar nisso.

Falo assim porque o mestre conhecia essa Verdade. Sabia tudo o ia acontecer, que está predeterminado (até os fios de vossas cabeças estão contados) e participava dos acontecimentos guiado pelos espíritos. Isso deixou bem claro quando respondeu aos apóstolos que avisaram sobre a morte do seu amigo Lázaro: vamos lá, pois ele não morreu. Só está daquele jeito para que a glória de Deus seja alcançada.

Sei que muitos cristãos não espíritas acreditam nessa verdade (que suas existências são dirigidas pelos espíritos), mas há uma diferença na forma como Cristo acreditava e na que os humanos cristãos acreditam. Enquanto que humanos estão eternamente querendo investigar o porquê e o para que das coisas, Cristo deixava Deus fluir através dele, ou seja, tinha consciência de que era Deus agindo sempre e por isso não precisava se preocupar com os porquês e os para quês.

Essa é mais uma razão pela qual afirmo que a humanidade não ama Cristo, mas o odeia: aqueles que se entregam a Deus deixando o Senhor fluir por eles sem seguirem normas e padrões humanos, são considerados doidos. Isso no mínimo, para não dizer idiota.

Radicalizar seria não levar

Anticristo não é aquele que se contrapõe aos ensinamentos das doutrinas cristãs, mas sim aqueles que não levam em consideração a informação do Espírito da Verdade por não estar de acordo com suas próprias crenças, apesar de declaradamente estar presente na consciência “Jesus Cristo”.

Mas, existem outros aspectos que me levam a afirmar que a humanidade odeia Cristo. Um deles é a aceitação do destino.

A humanidade luta para criar um destino melhor para ela mesma. É raro o humano que aceita que os acontecimentos de sua existência estão perfeitos da forma que estão.

Para Cristo, tudo era fruto do amor de seu Pai, mesmo aquilo que a humanidade chama de errado ou ruim. O mestre, por exemplo, sabia volitar, era capaz de proezas como andar em cima das águas, mas não fugiu do seu destino.

Ele poderia muito bem ter volitado e desaparecido da cena da crucificação e continuado a sua vida. Por que não fez isso? Para entender é preciso ouvir a resposta que deu a Pilatos quando esse lhe perguntou por que não se salvava: se o Pai quisesse que eu não passasse por isso, mandaria pelo menos vinte legiões de anjos para me salvar.

Radicalizar seria não levar em consideração as informações que estamos vendo hoje. Essas informações são muito importantes, até porque elas têm como tema central algo que os seres humanizados consideram algo fundamental: a morte.

Nos ensinamentos do Espírito da Verdade que vimos os exemplos estão ligados à morte. Em um se fala da morte na escada, em outro pelo raio. Observando o que foi dito se observa que todos os que morreram foi porque o espírito levou o ser humanizado para o local onde encontraria o desencarne.

Ou seja, eles falam de homens que foram encaminhados para aquele local para morrer, pois precisavam desencarnar naquele momento daquela forma. Por isso, quando sua mente disser que é preciso rezar para que você não morra através de um raio, diga a ela como Cristo: cala a boca, mente. Você está falando como um ser humano.

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