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(Gálatas, 1, 1-5)

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Eu, Paulo, escrevo esta carta – eu que fui chamado para ser apóstolo, não por pessoas ou por meio de uma pessoa, mas por Jesus Cristo e por Deus, o Pai, que o ressuscitou dos mortos. Todos os irmãos que estão aqui comigo mandam saudações às igrejas da Galácia.

Que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês.

Conforme a vontade do nosso Deus e Pai, Cristo se entregou à morte para nos salvar dos nossos pecados a fim de nos livrar deste mundo mau. A Deus seja a glória para sempre. Amém!

“Cristo se entregou à morte”: esse é o aviso que Paulo nos passa. Isto quer dizer que Cristo não morreu por um acaso.

A crucificação, o episódio de Jesus Cristo na cruz, não aconteceu por um acaso nem pela vontade dos judeus ou dos romanos, mas sim pela vontade de Deus e de Cristo.

Isto é muito importante entendermos, pois até hoje existem cristãos que acusam os romanos, os judeus ou qualquer um por ter matado Cristo. Isso não é verdade. Na realidade, Cristo se entregou espontaneamente à cruz, ou seja, se entregou àquele episódio. Portanto, não há culpados.

Mas a mensagem desse trecho não para por aí. Paulo nos diz, ainda, que Cristo se entregou à cruz para nos livrar dos nossos pecados. Isso quer dizer que o mestre não se entregou à cruz espontaneamente porque queria sofrer, porque queria passar por aquilo. Entregou-se àquele episódio como uma missão de vida espiritual de auxílio aos seus irmãos.

Então, na verdade, não há nada a se falar contra qualquer elemento da crucificação. Não foram os romanos ou os judeus que crucificaram Cristo, nem foi ele mesmo que se crucificou, toda essa situação foi uma missão de vida, uma missão espiritual. Louvado seja Deus, como diz Paulo.

Esse conhecimento é muito importante para pararmos de chorar a morte de Cristo e viver a crucificação na sua realidade: uma lição de vida. Louvado seja Deus!

Na hora que a semana santa deixar de ser a paixão sofrimento e passar a ser a paixão amorosa, um ato de vida espiritual, a festa de um espírito que completa sua missão, o ser humano começará a entender o que é felicidade. Mas, enquanto a sexta feira e a semana santa forem de sofrimentos, o ser humanizado se arrastará por mais um ano sofrendo.

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