Enviar texto por Whastapp
Enviar texto por Telegram

Áudio

OBSERVAÇÃO: Não se trata de comentário à respeito do coronavírus, mas sim uma orientação de forma genérica passada em 2016 durante o estudo Sementes da Felicidade.

Uma pessoa me pergunta sobre pessoas coletivas, epidemias. Pergunta se elas são carmas coletivos. Responderia que entendemos que a vida humana é encarnação do espírito e que essa é vivenciada através de provações e que o motor gerações das provas é o carma, tenho que entender que sim. Tenho que entender que as epidemias, bem como as doenças particulares, são carmas. São carmas de uma pessoa ou de uma coletividade. São oportunidades que servem como agentes carmáticos a uma comunidade de espíritos ao mesmo tempo.

Só que o nosso trabalho aqui não se consiste apenas em responder esse tipo de questão. Quando falamos dessas conversas, dissemos que estamos tentando realizar uma análise de acontecimentos humanos onde o sofrimento exista, para que aqueles que estão encarnados possam libertarem-se de algumas coisas da mente e com isso conseguirem a sua felicidade, a sua paz e a sua harmonia. Dissemos, ainda que, que o fruto dessas conversas deve servir para que aqueles que estão começando na vida humana aprendam a não cair nas armadilhas da mente quando elas chegarem.

Dentro desse objetivo, teremos, então, que nos esticar um pouco mais na questão da epidemia. Vamos lá.

Epidemias são doenças que acometem um grande número de pessoas. Eu perguntaria assim: elas são coisas novas? É algo que começou a acontecer recentemente no planeta? Diria que não. Desde que o mundo é mundo, as epidemias acontecem. Portanto, não se trata de coisa nova, novidade, mas algo que pertence a história da humanidade.

Segundo ponto. Será que há alguma possibilidade das epidemias acabarem? Diria que não. É só analisarmos as novas epidemias que observamos que elas são compostas por algumas novas doenças. Elas são formadas por doenças que a ciência, a medicina, humana não conhecia e por isso não estava preparada para combater. Portanto, também não, elas não deixarão de existir.

Por isso, quando se fala em aprender a viver em paz, harmonia e felicidade diante da existência de epidemias e pandemias, é preciso levar em consideração essas duas questões: elas sempre existiram e continuarão existindo. Não há como se se esperar que ela deixe de existir para poder se viver em paz.

Sendo isso verdadeiro, o ser humanizado precisa, então, ter uma forma de conviver com as epidemias que não lhe leve ao sofrimento. Que forma é essa. É o que comentaremos agora. Aliás, vou aproveitar esse comentário para colocar um elemento que será muito útil para todas as outras conversas que teremos.

Todo sofrimento é oriundo de uma contrariedade. É oriundo do ser estar contrário ao que está acontecendo. Eu nunca vi alguém que esteja a favor de algo que sofra por esse motivo. Só vejo isso acontecer com quem é contra.

Portanto, se o sofrimento é oriundo de estar contrário ao que acontece e se queremos acabar com ele, toda análise que se fizer terá que ser no sentido de aprender a não ser contra o que está acontecendo. Na hora que o ser consegue deixar de ser contra ao que está acontecendo, pode, então, viver em paz e felicidade.

Voltando ao assunto de agora, epidemia, pergunto: porque o ser humanizado é contra a existência dela? Porque não quer ficar doente. É contrário à doença. Ele imagina que viverá com saúde a vida inteira.

Isso é uma ilusão. A vida existe de uma forma cíclica, formada por acontecimentos cíclicos. Por isso, se existe a saúde, necessariamente deve existir a doença. Portanto, colocar-se contra estar doente, sofrer porque está doente, é algo que é praticado por uma criança, um ser infantil. É uma atitude de alguém que não sabe que na vida existe doença, que nunca deixará de existir, e que todos, um dia, ficam doentes.

Eis aí a primeira questão. Se você sofre, tem preocupação, é contrário à existência de epidemias, saiba que primeiramente ela sempre houve e continuará havendo. Em segundo lugar, tenha a consciência de que um dia ficará doente e que quando isso ocorrer deve estar preparado para não revoltar-se por esse motivo. Precisa estar preparado para no momento que ficar doente, poder agir para libertar-se do sofrimento da doença ao invés de sofrer por isso.

Portanto, para a pessoa que não quer que existam epidemias, eu digo: sua postura mental é pura perda de tempo, pois as doenças coletivas existem e sempre existirão. Diria mais: reclamando da existência dela, você está perdendo a oportunidade de preparar-se para o dia em que ficar doente não sofrer.

Como se faz esse preparativo? Sabendo que ficar doente é uma possibilidade, que a qualquer momento você pode ficar doente e que se isso ocorrer, ao invés de se lastimar por ter pego o mal, cuide de si mesmo. Vá ao médico, se for, faça os exames, se fizer, tome o remédio, se tomar.

Faça o que precisa ser feito, se fizer, sem esperanças vãs. Só não viva a vida como criança: achando-se autoimune às doenças que existem.

Espero ter respondido a questão. Como disse, não podia ficar apenas na resposta se a epidemia é um carma coletivo ou não. Que a paz de Deus esteja com vocês.

Compartilhar