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Participante: tenho em mente dois trabalhos: um que mistura o que tenho estudado, que seria baseado no modelo do AA (Alcoólicos Anônimos) com as devidas adaptações e o outro de doação de energia, que já faço sozinho, mas acho que seria interessante. Já faço, mas como é bem esquisito, tenho vergonha de compartilhar. O senhor teria alguma orientação?
Que parasse de ter vergonha.
Todas as duas coisas são importantes. O trabalho no estilo dos Alcoólicos Anônimos é o que recomendo que seja utilizado para ajudar o próximo. Não para combater a bebida, mas o sofrimento. Recomendo um trabalho de reconhecimento de que é um sofredor, descobrir porque sofre e aí tentar parar de sofrer.
Quanto à doação de energia é importante para dar força para realização deste trabalho. Só isso.
Participante: inclusive Joaquim, me lembro que uma vez você comentou comigo pessoalmente que seria interessante assistir a uma reunião do AA que poderia ser realmente uma forma de trabalho legal.
Aliás, é o que estamos fazendo aqui.
A realização de um trabalho tipo AA, priorizando o sofrer, um Sofredor Anônimo, é importante de ser realizado. É uma boa forma de se ajudar os outros. Por isso indico àqueles que quiserem fazer isso assistir uma reunião e conhecer a dinâmica de como aquela reunião acontece.
Só quero lembrar que a dinâmica desse trabalho passa pelo reconhecimento que se é viciado em algumas coisas desse mundo. Além disso, que esse vício faz mal, causa sofrimento. É a partir dessa consciência que propomos a luta contra o vício.
Essa luta tem uma máxima, que aliás é a mesma do AAÇ a Oração da Serenidade:
“Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras”
Não adianta querer vencer o sofrimento no atacado, ou seja, nunca mais sofrer. É preciso enfrenta-lo diuturnamente. Por isso é importante se dizer: só por hoje vou tentar não sofrer.
Aliás será sobre esse prisma que vamos basear a conversa nessa segunda parte.
