Porque compreender que viver além da realidade é importante? Porque apenas na realidade existe a felicidade. Fora da realidade, fora da vida, não existe felicidade: só prazer ou dor. Por isso é importante se reconhecer a presença desses assassinos.

Cada vez que você é alvejado por um dos elementos que conversaremos nesse trabalho deixa de viver a vida, ou seja, morre, não tem condições de alcançar a felicidade.

Porque quando deixa de viver apenas o que se apresenta não tem condições de alcançar a felicidade? Porque ela é universal. Se isso é verdade precisa da existência da verdade absoluta e a essa só existe na realidade real.

É o que acabei de responder a uma pessoa. Toque a tela do seu computador. Você está sentindo-a? Se sim, ela é real, verdade, para você. Mais do que isso, também é real a todos os seres que tocarem nela, pois sentirão a mesma coisa que você. Por causa disso, essa sensação é uma verdade absoluta, algo que é visto da mesma forma por todos.

Agora, qualquer outra coisa que imagine sobre a tela será uma opinião sua, uma verdade relativa. Quando se vive nessa verdade não se encontra a felicidade, pois se sai do mundo universal e se entra no mundo particular.

No mundo particular, individual, só existe o prazer quando há similitude entre o seu desejo e o que está acontecendo, ou a dor, quando não há esta similitude. É por isso que é importante se conhecer os assassinos.

Conhecendo-os, você pode negar a consciência que leva à morte consciência e assim permanecer vivo e viver a felicidade. Se não sabe quem são os assassinos acaba caindo no plano deles e por isso morre.

Foi feita uma pergunta que mostra isso claramente. Questionaram se a vida humana é uma ilusão. Garanto para vocês que a dor de barriga dessa pessoa não é uma ilusão para ele. Só que como há uma ação de um assassino, que ainda descobriremos qual é nesse trabalho, ele sabe que vive uma ilusão e por isso não consegue viver a realidade da vida.

É isso que estou querendo mostrar e será sobre essas coisas que iremos conversar. Vamos falar das artimanhas que são usadas na formação da consciência que fazem o ser, seja humano ou espiritual, viver a ilusão, viver o mundo relativo, dentro de uma verdade que não é absoluta. Com isso ele acaba encontrando um prazer e imagina que alcançou a felicidade.

Participante: como diferenciar a coisa do atributo?

A coisa é a coisa; o atributo é o atributo. Ainda falaremos sobre isso, mas desde já saiba que o atributo é sempre um assassino.

Participante: isso quer dizer que cada um constrói a sua própria realidade?

Isso quer dizer que cada um vive uma realidade construída fora da realidade maior para ele.

Não falo em construir porque você não constrói nenhuma realidade. Na verdade, vive uma realidade que é construída para você.

Também já iremos falar disso…

Participante: a dificuldade é que quando a coisa se apresenta o atributo está presente.

A dificuldade é que a coisa lhe é apresentada com o atributo.

Na verdade, não é a coisa que se apresenta. A realidade é apresentada junto com um atributo. Mas, a partir do momento que souber que aquilo é um atributo, não uma realidade, e que tem apenas a finalidade de lhe matar, acho que seria esperto para não cair na armadilha, não é mesmo?

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