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Participante: o que observei é que isso fica muito na parte mental. Enquanto não chega nos sentimentos, para mim muitas vezes não chegou, fica no mero conhecimento. Portanto, é uma coisa que de fato só me leva a discutir com o outro.

Para provar que está certa.

Participante: isso. Mas, pergunto: como é que chegamos no sentimento?

Por enquanto o trabalho é apenas mental. Só que ele não se resume apenas a conhecer, a imaginar racionalmente que sabe, mas no sentido de rever, já que isso é uma doutrina, uma série de orientações de como viver a vida, a forma como se vivencia os acontecimentos dessa vida. Durante esse processo é preciso verificar se a forma como vive está de acordo com o que acredita.

Todo ensinamento para que tenha algum valor precisa ser usado para destruir algo velho. Para fazer isso é preciso conhecer o que já existe e saber se está de acordo com a informação nova que passou a acreditar.

Por isso todos afirmam: é preciso conhecer a si mesmo. Pior: é preciso conhecer-se sem máscaras, sem se iludir. ‘Eu estou colocando em prática os ensinamentos’. Será que realmente está? Se sim, até onde? Ou será que está apenas discutindo com os outros para mostrar que sabe?

É sobre isso que quero conversar hoje. Precisamos começar a entender a forma que vivemos e a partir do conhecimento dela usar os ensinamentos que imaginamos saber para tirar do baú coisas velhas com sentido novo.

Como ensinado na Bíblia:

“Vocês entenderam essas coisas? Disse Jesus.

Sim, responderam eles.

Jesus disse: Pois isso quer dizer que todo professor da lei que se torna discípulo no reino dos céus e como um pai de família que tira do seu depósito coisas novas de coisas velhas.” (Mt. 13, 51 e 52)

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