Participante: acredito na questão da predestinação, mas tenho uma dúvida. Se durante a encarnação realizarmos o trabalho que precisamos fazer mais rapidamente do que o esperado podemos, então, alterar o que foi prescrito?
Hoje falamos aqui que o processo de provação é feito pelo encontro de dois seres humanizados, pelo relacionamento de dois seres. É quando você se relaciona com outra pessoa que acontece o gênero de provas que pediu antes da encarnação. Só que ao mesmo tempo em que está vivendo a sua provação, a sua forma de reagir está servindo como instrumento para que aconteça o gênero de provas pedido pelo outro ser.
Quando uma pessoa faz alguma coisa na sua frente, é sua frente. A forma como reage a isso, é a prova dela.
Participante: sim, mas eu consegui me libertar da emoção humanizada e com isso posso reagir de forma diferente.
Olhando apenas pelo seu lado, seria assim, mas pense no outro ser. Se você reagisse de uma forma diferente, aquele espírito humanizado não vivenciaria o gênero de provas dele. Mudando sua ação, estaria deixando de proporcionar a oportunidade de provação para outro ser.
Participante: vamos dar um exemplo individual: uma doença. Digamos que já tenha aprendido o assunto que gerou a dramatização de ter uma doença. Será que mesmo assim é preciso ficar doente?
Sim. Por quê? Porque a sua doença afeta a vida do seu marido, da sua família, do seu companheiro de trabalho, de médicos, enfermeiros, etc. Mesmo no caso de um acontecimento individual como a doença física, há sempre outros seres envolvidos que estarão aproveitando aquela oportunidade para ter a sua própria prova.
Participante: tudo funciona como uma engrenagem, não é?
Sim. Existe uma engrenagem universal. Tudo no Universo se interdepende. Por isso, nada fugirá ao prescrito.
Aliás, não é nada sairá. Uma coisa não está prescrita e por isso poderá acontecer livremente: a forma como você reagirá emocionalmente ao que acontece.
Antes de conseguir realizar determinada provação, como colocou na sua pergunta, pode ser que reagisse internamente de forma desesperada a determinados acontecimentos. Agora pode ser que reaja com outra emoção. Internamente; externamente reagirá como o ser humanizado que está à sua frente precisa para a provação dele.
Portanto, a forma interna pode ser alterada ao longo da existência, mas a externa nunca.