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Na conversa de Araraquara usei um exemplo para falar dessa ajuda.

Uma pessoa disse: ‘tenho síndrome do pânico. Sofro por tê-la, pois por causa dela não consigo sair com meus amigos, ter uma vida normal. Não faço as coisas que quero’.

Como se poderia ajudar uma pessoa com esse problema? Como ela pode sair do sofrimento por ter síndrome do pânico? Saberiam me dizer? Não esqueçam da oração da serenidade.

Participante: acho que o primeiro passo é a compreensão do quanto essa doença traz, das limitações que causa. Essa é a primeira consciência que precisa se ter. Depois é necessário dar um passo após o outro no sentido do superar o pânico, ao invés de esperar uma libertação total de imediato. Acho que é viver com a doença, mas dando um passo de cada vez para sair dela.

Suas palavras são bonitas, mas elas não são parte de uma ação espiritual, mas sim humana. Por quê? Porque falam em acabar com o problema.

Lembra quando você tinha um problema e alguém, querendo ajudar, dizia que havia um modo de não tê-lo? Qual a primeira coisa que vinha na sua cabeça naquele momento? ‘Ele está falando assim porque não tem esse problema. Ele não sabe o que é passar por isso’.

É a mesma coisa da pessoa que reclama da família que tem e alguém o aconselha dizendo: ‘você precisa aprender a conviver com eles’. Essa pessoa, mesmo que só internamente, diz: ‘é porque você não tem uma família igual a minha. Vai viver com a minha para ver o que é bom. Vou embora que ele não pode me ajudar’.

Essa é uma ajuda humana, uma ajuda que pressupõe uma cura, um deixar de existir o problema. Mas, quantas vezes você já tentou resolver problemas e não conseguiu? Continuou sofrendo o problema e junto a decepção de não ter conseguido resolver mais a auto acusação de não ter sabido agir.

Resolver o problema é o caminho humano para acabar com o sofrimento. O espiritual é diferente.

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