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É por causa do medo de ousar, ou seja, da acomodação a que se submetem os espíritos encarnados, que, quando conversamos sobre os ensinamentos deixados pelos mestres a respeito da família, as pessoas dizem: “ah, mas eu posso alcançar a evolução espiritual mantendo os meus vínculos familiares”. Não, não pode. Todos os mestres da humanidade (Cristo, Buda, Krishna, Lao Tse), foram unânimes em questionar os padrões com que são vivenciados os laços familiares pela humanidade.
Quem é minha mãe, quem são meus irmãos, perguntou Cristo. Ele mesmo respondeu: são todos aqueles que fazem a vontade de Deus. E para você que se diz buscador, quem são os seus familiares: são somente os de sangue ou todos, independente da forma que vivam, pertencem à sua família? Acho que sei a resposta …
Vocês se prendem aos laços familiares, apesar de se dizerem cristãos, buscadores de Deus. Não foi só Cisto que falou contra o apego familiar, padrão humano de convívio com a figura família humana. O Espírito da Verdade diz que a doutrina da reencarnação não acaba com os laços familiares, mas os distende para que o seu senhor e o seu escravo (os superiores e inferiores) também sejam considerados da mesma forma. Krishna conta a história do passarinho que por causa do apego familiar acabou também caindo na armadilha. Enfim, todos os mestres falam que o apego a um núcleo familiar, como prega o sistema humano de vida, não contribui para a busca de Deus.
Dizem isso porque quando se fala em evolução espiritual se fala em universalização, em tornar-se um com o Todo. Já o padrão do vínculo familiar vivenciado no planeta é baseado na individualização: no meu, minha.
Ao convidar vocês a ousarem ir contra mais esse conceito humano não quero destruir famílias, especialmente a sua. Já ensina O Livro dos Espíritos: é no núcleo familiar que se encontram as provas mais difíceis. Portanto, ele não pode acabar. O que quero deixar bem claro é que é preciso que o ser humanizado aprenda a conviver com esse núcleo e com toda a sociedade dentro do amor universal: o amar a todos incondicionalmente. Portanto, se você não ousar ir além do padrão família que é conhecido no planeta terra abolindo o ‘meu’, trocando o individual pelo universal, não consegue elevar-se.