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O que é imaginado, no entanto, não é errado. Trata-se de uma intuição que o plano espiritual, obedecendo a Causa Primária, dá ao ser humanizado como provação, ou seja, como instrumento da reforma íntima.

Quando um ser humanizado percebe determinada essência em um acontecimento que não seja o amor universal e incondicional, trata-se de algo que ele, antes da encarnação, alcançou a compreensão que não deveria sentir. A partir da compreensão, pediu, então, para passar por esse gênero de provas. Fez esse pedido para provar a si mesmo que aprendeu a lição quando ainda na erraticidade.

A partir do gênero de provas pedido, Deus emana, durante a encarnação, um acontecimento e determinado pensamento (compreensão) naquele momento. Os pensamentos, que se transformam naquilo que é visto (compreendido) geram, então, a oportunidade da reforma.

Aquilo que o ser humanizado vê, portanto, é o que deve deixar de existir, ou melhor, deve ser substituído pelo amor. Por isso Cristo diz que o ser humanizado que não faz isso é culpado.

O ser humanizado não é culpado pela ação que protagoniza ou pela essência que aplica na compreensão da situação, mas sim por não ter aproveitado a oportunidade para reformar-se, não ter aproveitado a situação para deixar de ver maldade e amar incondicionalmente a tudo e a todos…

Justamente por não aproveitar esta oportunidade é que Deus precisa novamente emanar esta compreensão, ou seja, conceder uma nova compreensão. Isto acontecerá porque Deus é Justo, ou seja, dá sempre a cada um o que precisa para a evolução espiritual.

Sendo assim, este ser continuará recebendo percepções (acontecimentos e essência) dentro dos mesmos padrões, até que um dia consiga promover a reforma íntima e ponha em prática o amor incondicional. Se não conseguir, viverá a existência carnal inteira vendo maldade nos outros e terá, futuramente, que reencarnar novamente para fazer esta mesma provação.

O ser humanizado que é considerado um cego espiritual acredita que tem o direito de julgar os outros e de apontar seus erros. Vive isso porque esse é o seu gênero de provas. Por esse motivo é intuído para cada vez mais apontar erros, afundando-se em um mundo negativo, amargo, até chegar uma grande dor que o fará buscar o amor para poder ser feliz.

Quando, pela dor, entender que apenas o amor a todos e a tudo pode levar à felicidade, a sua visão sobre os elementos do mundo (acontecimentos, objetos, pessoas) começará a mudar. Muitos passam por momentos assim, mas, infelizmente, quando a dor vai embora, novamente se esquecem dos momentos ruins e começam outra vez a julgar e a acusar tudo e a todos.

Este é o cego que Cristo diz que é culpado: aquele que quer ver os atos dos outros para julgá-los.

Não existe ato certo ou errado: todos estão certos e estão errados ao mesmo tempo. Todos estão certos porque para quem os faz estão certos e todos estão errados porque para os outros sempre estarão errados.

Para se alcançar à visão espiritual, então, é necessário não ver o ato isto é, não julgá-lo. Ë preciso concordar com tudo que todos fazem, pois para quem está fazendo está certo e para quem está vendo, não deve existir certo ou errado.

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