Enviar texto por Whastapp
Enviar texto por Telegram

Baixar arquivo

Para entender o caminho espiritual da ajuda ao próximo no sentido de acabar com o sofrimento gerado por um problema, é preciso compreender antes algumas coisas.

Para ajudar alguém de uma forma espiritual não tem que se falar em acabar ou nunca ter síndrome do pânico. Ter essa síndrome é vida, acontecimento. Por isso, acontece, mesmo que o ser humanizado se prepare para que não ocorra.

É por isso não se pode oferecer uma cura: ela independe da ação do ser.

Se não é possível prometer cura, nem que seja passo a passo, o que temos que fazer? Ensinar a pessoa a conviver com a síndrome do pânico que tem sem sofrer.

Participante: compreendo e concordo. Até já conversamos isso outras vezes. Só que a própria síndrome do pânico traz sofrimento. Como se convive com o sofrimento sem sofrer?

Como viver com o sofrimento sem sofrer? Uma grande pergunta.

Participante: para respondê-la creio ser preciso fazer todo o processo que Buda fez.

Não, é mais simples do que isso.

O que lhe faz sofrer? É ter a síndrome do pânico? Sim.

O ser humanizado sofre quando tem a síndrome do pânico porque tem essa síndrome e assim não consegue fazer o que os outros fazem.

Portanto, há sofrimento junto com a síndrome do pânico. Qual? O de tê-la.

Participante: isso é contrariedade. Sofre porque está e não queria ter essa síndrome.

Isso. Sofre porque não queria ter e tem.

Compreendido isso, podemos, então, partir para o atendimento espiritual do ser. Para isso pergunto:

a Serenidade necessária

Para aceitar as coisas que não podemos modificar

Estamos falando que o ser humanizado tem a síndrome do pânico, mas não quer ter. Então, para ajuda-lo, devo dizer: ‘pare de ter’.

Participante: se eu fizer isso, as pessoas vão se levantar e ir embora…

Não vão. O que elas dirão é: ‘é mais forte do que eu. Não consigo me libertar dela’.

Esse é o momento de se falar da segunda estrofe: ‘aceite que não pode modificar isso. Aceite que não está sofrendo porque tem a síndrome do pânico, mas porque não quer ter e não há como deixar de tê-la’.

Compartilhar