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Já havíamos definido universalismo como amar ao próximo como a si mesmo, mas como será esse amor? Essa foi uma pergunta que os fariseus fizeram ao mestre Jesus Cristo, mas ele respondeu com uma parábola (Bom Samaritano) e muitos até hoje não compreenderam perfeitamente o ensinamento.

Amar a todos como a si mesmo, na prática, é viver para servir ao próximo. Quem não vive para isso, vive para se servir do outro, ou seja, baseia-se no individualismo. Apenas o serviço ao próximo, sem desejos ou vontades, pode universalizar um ser.

Você quer ir? Vamos. Você quer ficar? Fiquemos. Você acha que está certo e eu estou errado, então estou. Você quer que eu faça, eu faço. Você não quer que eu faça, eu não faço. Esse é o serviço ao próximo.

Quando o ser se contrapõe ao que o outro quer não estará servindo ao próximo, mas se servindo dele, ou seja, buscando impor sua vontade individual. Aquele que serve é um ser humilde (“bem-aventurado os humildes”) e jamais será humilhado. Ele serve com a consciência espiritual do amor e não se sente rebaixado ao servir o próximo.

 Quem age dessa forma é um ser universal de posse da sua consciência espiritual. Assim, o ser humano é o contrário disso, ou seja, é quem se serve do próximo. O ser humano precisa que o outro lhe sirva de instrumento para que ele seja feliz, o ser universal é feliz por servir. Por isso Paulo diz que o ser humano é inimigo de Deus. Deus não vive para Si mesmo, mas para o Todo. Tudo que Ele faz é no sentido de proporcionar a felicidade integral a todos sem privilégios nenhum. Quando o ser está humanizado e necessita que os outros cedam para que ele se sirva, age contrariamente ao objetivo da existência de um espírito: aproximar-se de Deus.

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