Participante: na hora de uma discussão, conflitos, o tumulto mental é grande e o que acontece são as reações automáticas sem o filtro do não sei. Porém, com a cabeça fria conseguimos ver os nossos erros e vem o arrependimento, mas a ação está feita. O ir contra Deus, ou seja, o pecado é declarado no momento do acontecimento ou não?
O pecado é declarado na hora que você acusa a si de qualquer coisa.
Não existe pecado maior do que perder a sua paz, a sua harmonia, a sua felicidade, julgando o que fez. Qualquer julgamento, qualquer eu sei, eu gosto, eu quero, qualquer coisa dessas é um pecado contra Deus. Por quê? Porque Deus é o que está acontecendo.
Tudo que acontece é Deus porque se origina na Causa Primária, é emanação de Deus. Por isso, quando reclama de uma coisa que você ou alguém fez, está pecando.
Esse é o primeiro detalhe: o pecado existe cada vez que você aceita a existência de um erro, seja qual for, de quem for.
Segundo. Você falou muito bem: na hora da confusão ninguém lembra de trabalhar o sofrimento. Por quê? Porque não é para trabalhar nesse momento.
O que está acontecendo é prova para você e para o outro. Na hora que você mente reage é prova para o outro; na hora que para e começa a pensar, começa a sua. Por isso afirmo que é nesse momento que tem que agir.
É isso que você precisa entender. Na hora que está acontecendo, não adianta, você não consegue agir. Depois, quando a mento começa a julgar o que aconteceu – sim é a mente que julga, não você – quando começa a julgar o que ela mesmo fez, é a hora de dizer: você já fez, mente, o que você quer que eu faça agora? Já aconteceu.
Ah, mas você está errado, a mente dirá. Responda: não, não estou errado. Agi como era preciso. Você pode julgar dizendo que está errado, mas eu não vou aceitar. Isso tinha que acontecer, foi Deus naquele momento.
Acabou. Só isso.