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Então, é preciso trabalhar cada contrariedade; ou seja, cada vez que achar que alguma coisa não está certa, não está bonita, não está limpa, há um trabalho a ser feito.
Participante: no interno ou no externo?
Interno. Vamos chegar a isso.
Há um trabalho a ser feito. Qual? Destruir aquela célula e assim não deixar se multiplicar e atacar as outras.
Participante: seria a falta de perdão?
Eu tenho muito medo do perdão, porque vocês não entendem o que é.
Perdão para vocês é um ato de uma pessoa soberba: ‘Eu sou muito bom, por isso lhe perdoo’. Não é isso. Perdão é nem ver erro nhoque aconteceu.
Quando você faz alguma coisa e digo que está errado não há mais condição de haver perdão. Para poder perdoar deveria ter trabalhado em mim a ideia de que você errou.
Porque falo isso do perdão? Porque Cristo ensinou: ‘Pai, perdoa, porque eles não sabem o que fazem’. Quem não sabe o que faz não erra.
Então, viver a contrariedade não é por falta de perdão, mas de trabalho junto a si mesmo para vencer aquela célula. Falta de exterminar a contrariedade.
E isso pode ser feito. Você pode exterminar toda a célula da contrariedade quando ela aparecer. Aliás, é exatamente esse o objetivo do trabalho: aprender a destruir a célula do câncer quando ela aparecer. Isso sem transformar o não em sim, mas vendo o não e destruindo o efeito dele em você. É isso que vamos conversar.
Só um detalhe: vamos fazer umas duas ou três conversas de parte técnica, teórica para entendermos a vida, entender como a contrariedade começa, de onde surge, porque surge, para entender como vencê-la.
Depois vamos fazer aquilo que conversamos antes: vamos fazer a parte prática, conversar sobre problemas. Por isso, se alguém quiser colocar o seu, ou se quiser falar do problema do vizinho…
Participante: tenho um enteado que…
Isso. Sempre são os outros…
Ficou claro?