Enviar texto por Whastapp
Enviar texto por Telegram

Participante: um pensamento vem sempre acompanhado do outro?

Eu acho bom vir, porque na hora que não vier você está morto, dentro da concepção humana sobre morrer. Na hora que não tiver pensamentos estará morto, pois não mais lhe será apresentada a vida para viver.

Participante: o senhor poderia dar exemplos de pensamentos discursivos?

Posso.

O que está achando dessa conversa? Nesse momento está pensando que ela está boa ou má? Não importa a resposta. Seja qual for, acabou de ser assolado por um pensamento discursivo, pois acabou de receber uma qualificação sobre o que está sendo ouvido.

Isso é o pensamento discursivo. Ele é aquele que vai além do que está acontecendo (ouvindo) atribuindo valores às imagens que são criadas.

Participante: de onde vêm nossos pensamentos?

Para esse trabalho vou dizer que vem da mente. Como vocês humanos não sabem o que é mente, não fazem a mínima ideia do que seja este elemento, vamos dizer aqui que não sabem de onde vêm.

Participante: se não sou eu que pensa, quem é que faz isso?

Ninguém pensa: o pensamento é criado pela mente.

Você acredita que o pensar é um elemento do processo raciocinar, mas na verdade não existe o processo raciocínio. O que existe são pensamentos que vêm e vão embora.

Participante: no caso da dor física o pensamento de imagens é a dor e o discursivo o mal que ela representa?

Você já está conosco há algum tempo e por isso deve lembrar-se que afirmei anteriormente que existe uma diferença entre ter uma doença e sentir-se doente, não? Pois bem, na dor física o pensamento descritivo é a doença que tem e o sentir-se mal por estar doente é o pensamento discursivo.

Participante: o pensamento discursivo vem sempre depois do pensamento imagem?

O lapso de tempo entre um e outro é tão curto que podemos falar que eles são simultâneos.

Assim como existem movimentos que o seu olho não consegue perceber por causa da rapidez da movimentação, a diferença de tempo entre o pensamento imagem e o discursivo.

Participante: então, não existe nenhum pensamento que seja formulado por nós mesmos? Os pensamentos também são uma grande ilusão como a ideia de termos livre arbítrio? Se for isso que entendi, posso dizer que todo pensamento que temos nos é direcionado pela mente divina?

Primeiro: todo pensamento é uma ilusão. Segundo: a ilusão não é o pensamento, mas o achar que pensa. Isso porque o pensamento é real, está em você. Já o achar que pensa é uma ilusão.

De onde vem? Isso não dá para conversamos aqui agora. Por enquanto apenas saiba que ele é apresentado. Isso é real porque você pode observar o pensamento vindo.

Participante: o silêncio a que os místicos se referem seria não nos deixarmos aceitar pelos pensamentos discursivos?

Perfeito.

O silêncio ensinado pelos mestres místicos não é não ter nenhuma ideia. Ele é alcançado quando se consegue anular a força dos pensamentos discursivos.

Agora, veja bem como falei: anular a força. Falo assim porque anular o pensamento é impossível. Você age anulando a força do pensamento e já falaremos como fazer isso.

Participante: existe livre arbítrio se não são nossos os pensamentos e eles nos são apresentados?

Para lhe responder tenho que falar de O Livro dos Espíritos, que é bem claro nesta questão.

Na pergunta 851 é perguntado se há fatalidade. A resposta do Espírito da Verdade é que a fatalidade existe por causa da escolha que o espírito faz das provas para viver numa encarnação. Ao escolhê-las ele cria para si uma espécie de destino que não pode ser mudado.

O guia espiritual do espiritismo fala mais sobre este assunto nessa pergunta. Diz que fala isso no tocante às provas físicas, porque com relação às morais você é livre para optar entre o bem e o mal. Diz ainda: nisso se consiste o seu livre arbítrio.

O bem, usando a terminologia que estamos conversando hoje, é o pensamento formador de imagens, pois ele é a vida. O mal é o que surge pelo pensamento discursivo, pois ele é a ilusão, o relativo, o individual.

Portanto, de acordo com esse mestre, você tem condições de aceitar o que o pensamento discursivo lhe dê ou não. Este é o seu livre arbítrio.

Participante: como fica a questão do ego e do pensamento, a alma e o pensamento, que o senhor já falou?

O ego é o próprio pensamento. O espírito é algo que você não sabe o que é. O ego é o próprio pensamento, a mente.

Compartilhar