Servindo o filho em casa (orientando sem depender das mudanças para ser feliz, ou seja, não colocando sua felicidade na dependência da mudança do filho), os pais aprendem a viver com a Realidade: cada um age dentro da sua natureza, guiado por Deus, para provar a sua libertação do ego.

Ao ser universal resta aprender a conviver com essa Realidade sem contrapor-se a ela. No entanto, enquanto o ego estiver guiando o ser universal ele não conseguirá viver assim e lutará com os outros fazendo críticas para poder transformá-los com a intenção de que cada um sirva de instrumento à sua felicidade.

A crítica é uma característica do ser humanizado, pois o ego precisa da reforma do mundo no sentido de adaptar-se aos padrões (verdades) individuais. Critica a todos e a tudo com o objetivo de transformá-los em cópia perfeita de si mesmo e assim, servir-se deles. No entanto, se essa mudança fosse possível, o próprio ego mudaria as suas verdades para novamente “abrir guerra” contra o próximo, pois ele se compraz com a vitória.

O alimento preferido do ego é o prazer da vitória que é alcançada com a submissão do próximo. Para ele não basta apenas o próximo concordar com as ilusões criadas por ele, mas precisa haver a vitória total sobre o outro (mudança de verdades) para que ele se infle.

Isso é humano, ou seja, é característica do ser que vive comando pelas ilusões que o ego cria. Por isso muitos tentam lutar contra a crítica e o julgamento para elevarem-se e não conseguem, pois não combatem o ego, a origem de tudo. Para elevar-se o espírito precisa se libertar do ego, ou seja, precisa não mais querer se servir do outro. Só assim ele se transformará em amigo de Deus.

Quem não é humano não age assim, mas quem ainda possui humanidade sempre agirá dessa forma. Portanto, o ser humano é aquele que critica e julga o próximo com a intenção de alimentar seu ego e por isso é inimigo de Deus.

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