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Participante: você disse uma vez que não existe certo nem errado. Sendo assim, porque Jesus morreu na cruz? Para nos lavar dos nossos pecados?
Participante: me permite um comentário? Coincidentemente estava lendo um texto da Seicho No E. Nele se perguntava porque Jesus morreu na cruz, se não existe certo nem errado. A resposta da revista foi que tudo fazia parte da peça teatral que é a vida humana. Quis fazer este comentário porque para mim, particularmente, encontrar essas informações em outros locais é importante. Juntando um pedacinho daqui e outro dali, vou formando, é claro, uma verdade minha, que tenho a consciência de que não é a verdade total, mas já é um caminho. Só mais um detalhe. Eles acrescentam na revista que se isso não tivesse acontecido, não existiria o cristianismo. Então, foi necessário esse acontecimento na peça humana para que nascesse o cristianismo, que é outra peça teatral.
O que você comentou é perfeito: ele morreu na cruz porque era isso que tinha que acontecer. Como já disse antes, se Jesus Cristo tivesse morrido velho na cama, o cristianismo não existiria. Pelo menos é isso que a lógica humana diz.
No entanto, veja: ele morreu na cruz para cumprir um carma. Não um carma de culpa, mas de missão. Ou seja, para que a história da peça humana fosse assim.
Agora quanto ao fato dele limpar os seus pecados, também já comentei. Cristo não limpou pecado de ninguém. Se tivesse feito isso, teria dado uma carta em branco para você receber algo de graça.
Na verdade a crucificação de Cristo não limpa os seus pecados, mas a sua limpa. Quando você é crucificado, ou seja, como o próprio Cristo diz, ‘quando for perseguido em meu nome’, será feliz de verdade.
Quando vocês forem perseguidos, criticados, ofendidos, estarão tendo uma grande chance de reagir amorosamente a uma situação negativa. Com isso podem merecer chegar ao Reino dos céus. Quando vocês se deixarem crucificar, como Cristo deixou, sem acusarem os que crucificam, terão também se redimido dos seus pecados.
Enfim, Cristo não morreu na cruz para libertar ninguém dos seus pecados. A ideia de ser crucificado sem se rebelar contra é o caminho que leva a Deus. Aliás, como ele, o mestre nazareno, também ensina: ‘eu sou o caminho, a verdade a luz’