Participante: desacreditar…
Não, não é desacreditar, é se desvincular do pensamento sem muda-lo. Não compactuar com aquilo que a mente propõe.
Participante: para isso é preciso desconfiar…
Não, não adianta desconfiar de nada. A mente é muito convincente. Ela vai contar uma historinha muito grande e lhe fazer acreditar. Com isso você cai na realidade que ela cria.
Não é desacreditar, é dizer que é a mente gerando uma realidade ilusória.
Deixe falar uma coisa. Já disse isso há algum tempo atrás: você vai ser uma pessoa sã na hora que for um doente mental, ou seja, tiver a dupla personalidade; eu e eu mesmo, você e o pensamento. Na hora que assumir a sua dupla personalidade, ou seja, ter a consciência de existe um você, não importa o nome que dê a si (espírito, ser, alma, fluído universal) e que existe uma mente que pensa. Ter a consciência dessa dupla personalidade é o ponto de partida para vivenciar tudo o que estou falando agora: você não pensa, existe um pensamento que constrói você.
Na hora que souber disso pode se afastar da realidade construída pela menta. Enquanto não souber vai dizer: eu sou assim. Não, você não é do jeito que a mente diz que é.
Participante: tem essa sensação do eu, mas é preciso separar a raiva dessa percepção, desse eu que não tem nome nem forma, e deixar o pensamento.
Isso.
Participante: o que controla o pensamento?
Para este tudo, vamos dizer o seguinte: não sei. Só sei que ele vem.
Apesar disso posso lhe dizer que o pensamento não surge ao acaso. Sobre isso vamos falar ainda hoje.
Pensamento não surge ao acaso. Ele tem uma estrutura de criação. Vamos chegar lá.