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Além do tema principal de hoje, amando, uma pessoa me pediu para falar sobre sentimentos. Como esse tema tem a ver com o primeiro, vamos falar um pouco dele.
Começo perguntando: algum de vocês é capaz de enumerar quantos sentimentos existem? É impossível, não? São tantos sentimentos …
No entanto, o princípio dos ensinamentos de todos os mestres é de que Deus é tudo e tudo é Ele. Colocando-se esse ensinamento na prática, teremos que entender que Deus é uno: tudo junto numa coisa só. Por isso temos que entender que Deus não pode ser bipolar, ou seja, ter dois elementos ambíguas dentro de Si.
Por isso, quando nos referimos a existência de sentimentos, estamos gerando um deus ambíguo. É por causa disso que não podemos falar no plural, sentimentos, mas entender que só existe o singular: um único sentimento. No universo só existe um único sentimento: o amor universal.
O amor universal é a única coisa que Deus gera, pois tudo nasce Dele. Eu diria que Deus é o amor condensado. No universo não existe raiva, ódio, infelicidade, felicidade, prazer. No universo não existe nada além do amor universal.
Sendo isso verdade, nenhum de vocês teve inveja, raiva ou qualquer outro sentimento que imagine ter nutrido. Afirmo isso porque esses sentimentos não existem.
Está certo isso que disse? Está certo afirmar que não existe raiva, que nenhum de vocês nunca sentiram isso? Você concorda que ninguém nunca ficou nervoso, preocupado, já que isso são também considerados como sentimentos? Vou explicar o que estou falando …
O que é raiva? Quando é que vocês têm raiva de alguém?
Participante: quando somos contrariados …
Perfeito.
Sendo assim, o que é raiva? É um amor a si mesmo. Amor às suas verdades, paixões, posses e desejos.
O que é vaidade?
Participante: acho que é amor a si também
Isso. O que é inveja, preocupação, nervosismo, etc.? Amor a si mesmo. É dessa consciência que se chega à realidade: alguns seres do universo utilizam o que é gerado por Deus para amar o próximo, outros utilizam o mesmo sentimento de uma forma individual, para amar a si.
É por isso que no universo não existem sentimentos, mas apenas um. Além disso há um objeto do amor, ou seja, algo que é amado. Esse objeto pode ser de dois tipos: amar os elementos do universo, Deus e todos e tudo que existe, ou amar individualmente, amar a si acima do próprio universo.
Participante: raiva é um sentimento de momento, enquanto ódio é mais duradouro.
Certo, mas todos os dois são amar a você mesmo. Amar suas verdades, o que queria ou achava certo que não foi atendido em um momento.
Participante: quando todos os homens abrirem a porta dos seus corações e deixarem penetrar o amor, o perdão e a paciência, de certo sentirão o verdadeiro amor de Cristo.
Para isso precisará amar o próximo acima de si mesmo. Enquanto tiver o amor próprio, a defesa de si mesmo – que, aliás vocês lutam para ter e dizem que é certo, já que é uma das características do ser humanizado – não amarão. Enquanto acharem que amar a si acima dos outros faz bem, vocês não conseguirão se aproximar de Deus. Amar assim faz bem ao humano, mas não ao espírito, porque esse ama a Deus acima de todas as coisas, inclusive de si mesmo.
Participante: faço uma distinção entre sentimentos e emoções.
Universalmente falando não existe distinção, pois no universo tudo que não é inteligente é matéria, ou seja, fluido cósmico universal.
A diferença entre os dois é apenas uma questão de palavras. A psicologia fala em emoções, mas nós falamos em sentimentos.

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