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Participante: você está falando em atos, Joaquim?
Como já disse, estou me referindo atos, mas estou falando em mundo interno. Estou dizendo que internamente você deve ter a predisposição de fazer a sua parte ao invés de entregar-se às críticas ao governo.

Participante: mas se tudo está programado, este ato não acontecerá se não estiver escrito.
Perfeito, o ato acontecerá ou não dependendo da predeterminação da encarnação de todos. Só que na hora que cada um assumir que a emoção que viverá depende só de si mesmo, irá parar de sofrer com o que o governo faz. Se a partir desse posicionamento interno fizer ou não o ato, isso é outra coisa.
Não estou me apegando a ter que praticar essa ou aquela ação. O que estou dizendo é que internamente você precisa entender o seguinte: ‘eu estou submisso ao governo. Por isso prefiro sofrer, chorar, ranger dentes, discutir com os outros. Com isso, jamais conseguirei parar de sofrer. Preciso acabar com isso e assumir a rédea da minha vida. Para isso posso ir lá e fazer o que o governo não faz’.
Participante: é, mas o senhor não ensinou anteriormente a entregar a rédea da vida para Deus? Então, está desdizendo tudo o que falou até hoje.
Não, eu não estou desdizendo falando tudo o que disse. Não estou dizendo em assumir a rédea dos acontecimentos de sua vida, mas sim do seu mundo interno, que no final das contas é o que você imagina estar vivendo.
Volto a dizer: estou falando de atos porque precisamos falar assim para que você compreendam o que estou dizendo. O que realmente estou querendo é que nasça dentro de vocês a emoção, a ideia, a consciência, de que só reclamar do governo e não fazer nada para melhorar a sua existência não adianta nada.
Participante: então, deixa eu entender o que o senhor está falando. No meu plano de vida, tem vários caminhos. Tem um caminho que se eu só achar ruim e não fizer nada emocionalmente, nada muda. Tem outro caminho, já programado, que se de repente eu pensar “nossa, eu tenho que fazer alguma coisa”, aí Deus abre o ato para que eu faça. É mais ou menos isso?
É mais ou menos isso.
Por causa dessa entrega interna, a mente cria a seguinte justificativa: ‘não, devo ir lá fazer porque eu pago o meu imposto. Por isso, tenho de receber’. Cedendo a esse pensamento, você entrega o domínio da sua vida, o seu bem-estar, na mão deles. Nesse momento, vai sofrer. Por que? Porque eles não foram feitos para gerar o seu bem-estar, mas sim a sua prova.
Os governantes humanos são escolhidos por Deus, segundo Paulo, mas não para gerar o bem estar nesse mundo. Eles são escolhidos para seres os agentes das provas dos seres encarnados que habitam o país que dirigem. Para que a sua prova exista, é preciso que eles não façam nada. Nesse momento terá a oportunidade de comprovar o seu desapego ao bem material. Para isso, precisam parar de só criticar os outros e começarem a fazer alguma coisa por si mesmos.
O que eu estou falando, não é sobre o ato de tapar o buraco. O que estou falando é sobre uma saída emocional para a situação que está o país. Uma saída que vocês não buscam porque preferem apenas criticar. Isso foi o que falamos sempre.
Tenho certeza que se o governo melhorar, ainda vão encontrar do que reclamar. Compreendam que vocês com suas críticas não querem que as coisas melhorem, pois o que realmente a mente quer é arrumar um culpado para o sofrimento. Com isso, vocês não fazem o trabalho que vieram para fazer.
Não existe culpado externo. Se houver, o culpado é você que se acomodou e ficou só criticando eles, que priorizou o bem estar humano (o mau) ao bem estar espiritual (o bem).
Quanto aos atos, eles vão acontecer ou não de acordo com o livro da vida do país, mas, claro, temos que falar de acontecimentos para ilustrar a emoção interna. O que eu estou querendo aqui é analisar a situação que gera o sofrimento de hoje, as crises, buscando uma forma de vocês não sofrerem enquanto houver um governo que não faz.

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