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O que acabamos de fazer é o que uma Faculdade Espiritualista de Vida faz. Ela ensina a viver uma ação humana: identificar a criação da natureza humana, acessar o ensinamento de um mestre a respeito dessa criação e com isso se libertar do fruto da ação.

É esse o trabalho que precisam fazer. Ao invés de ficar se preocupando em estudar energias, saída de corpo ou outras ciências espirituais, que não leva a lugar nenhum, devem se concentrar em estudar a vida. Estudar como reage a natureza humana nas mais diversas situações e verificar o ensinamento do mestre que pode servir como instrumento para não se alimentar desse fruto da ação.

Por isso é que nesses dezesseis anos de caminhada sempre estudamos os ensinamentos dos mestres. Nunca nos prendemos a estudar ciências, misticismo ou coisas do gênero. Fizemos isso justamente para aumentar a compreensão do que eles ensinaram e assim ajudar a usar os ensinamentos para a libertação da natureza humana.

Sei que muitos não gostam da parte doutrinária, mas se você não ler o Novo Testamento, se não ler os suttas budistas, O Livro dos Espíritos ou os discursos do Sublime Mestre, Krishna, como pode imaginar que seja capaz de promover alguma reforma que o leve a aproximar-se de Deus?

Participante: voltando a questão da banana, o senhor poderia dar um exemplo completo da emoção?

Um exemplo concreto da emoção. Vamos lá.

Quem tem emoção? A sua natureza humana, não você. Sendo assim, quem gosta de banana? A sua natureza humana. Digo isso porque gostar ou não de alguma coisa é uma emoção.

Identificou a emoção que a natureza humana está criando?

Participante: sim.

Segundo os mestres como você, um espírito encarnado que quer se aproximar de Deus, pode viver essa emoção?

Participante: sim, pode.

Não, não pode. Se quer a elevação espiritual não pode viver essa emoção, pois Cristo ensinou que é preciso amar a Deus acima de todas as coisas. Gostando da banana está amando-a acima de Deus.

Participante: mas, você tem que sentir a emoção para poder …

Não. Não tem que sentir; a emoção tem que vir para que trabalhe renegando-a.

Ela precisa vir. Por isso disse que interiormente continuará achando que não se deve matar o outro, que os árabes cometem barbáries. Quando essas ideias se transformarem em emoções (pena, raiva, ódio, etc.) é preciso combater. Para isso deve dizer: ‘não tem nada errado. Morreu quem tinha que morrer na hora e modo combinado para isso’. Com isso, a natureza humana perde força e essas emoções acabam se afastando.

O caminho é renegar. É dizer: ter pena das pessoas não me aproxima de Deus. É dizer: gostar de banana não me aproxima de Deus.

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