Vamos analisar um momento de uma existência humana para entender o que é viver com reto entendimento.
Quando se lava um prato física e mentalmente a razão usa das qualidades racionais, rajas e tamas, para poluir aquele momento. Por isso, o ser precisa agir durante aquela ação para se libertar do pensamento. Só assim conseguirá se manter em harmonia consigo e com o universo.
É sobre isso que pergunto a vocês: como agir na lida com os pensamentos daquele momento para estar em harmonia consigo e com o universo? Com analisando o momento com consciências fundamentadas na característica sattva: pureza, devoção, serenidade.
Exemplo? Se razão diz que não devia lavar o prato (razão fundamentada na característica tamas), ou se diz que é certo, que prato precisa ser lavado (raciocínio fundamentado na característica rajas), o ser deve meditá-la usando uma caraterística de pureza, devoção e serenidade.
Como se faz isso? ‘Porque estou lavando um prato? Porque é isso que está acontecendo agora. Não estou lavando porque qualquer motivo, apenas porque estou vivendo essa ação nesse momento’.
É dessa forma que se acaba com a realidade poluída que o raciocínio impregnado por rajas e tamas cria. Só raciocinando com essa característica (sattva) o ser pode extinguir a intencionalidade de agir que rajas cria ou de se omitir, que é dada por tamas.
Quem lava um prato porque o certo é isso, submete-se a característica rajas do pensamento. Nem saber que existe um prato que precisa ser lavado omitir-se a lavá-lo é submissão a tamas. Lavar um prato porque é isso que está fazendo naquele momento, sem se preocupar com o que acontecerá depois, é viver com a característica sattva.
Quem consegue raciocinar o raciocínio usando a característica sattva, pratica ações nesse mundo, mas não sabe porque, para que, como ou no que vai dar o que está fazendo. Não sabe dessas coisas porque não existe intenção no que faz.
Quem raciocina com a característica sattva não sabe se vai limpar o prato com o seu ato. Querer ter a certeza de que vai fazer isso é para pensamentos fundamentados em rajas, aquele que impulsionam para agir, realizar.
A linha de raciocínio de não saber o que vai acontecer com o prato por causa da sua ação é diferente de não se importar em limpar. Esse último raciocínio é o gerado com fundamento em tamas.
Sattva não impele a agir com intencionalidade, nem a omitir-se. Gera a ideia de fazer por fazer. Isso é ser simples, isso é ser puro, isso é agir de forma devocional a Deus.