A cada momento, a mente, que não é você, vai lhe propor guerrear com os outros para que vitórias sejam alcançadas. Ela vai sucessivamente lhe propondo consciências que possam leva-la a gerar novas consciências que a leve a ganhar de outra mente.

Para isso, ela não se preocupa com verdadeiro, com verdade, com real, com realidade: gera sempre o que for necessário para que uma vitória seja obtida. Por isso num dos estudos dissemos: a mente é hipócrita. Sim, cria consciências hipócritas exatamente para que ela possa ganhar alguma coisa.

Só tem um detalhe: essa não é a característica exclusiva da sua mente. Todas as demais mentes que compõem os seres humanos são egoístas por natureza e por isso buscam a vitória para si. Todas as mentes que existem dentro de um corpo humano possuem as mesmas características, ou seja, geram consciências objetivando ganhar, ter prazer, a fama e receber elogios.

Só que tem um detalhe importante. Por viverem com estes objetivos, as consciências geradas pelas mentes humanas possuem mais características. Todas elas têm embutidas em si o medo de perder, o medo do desprazer, de não ser reconhecido, de ser criticado.

Agora, imagine duas mentes gerando consciências, ou seja, relacionando-se, sendo que cada uma quer ganhar naquele momento e possuem a decisão de não perder. O que você acha que vai acontecer? Você acha que pode haver paz e harmonia entre elas? Claro que não.

Não ter argumentos para guerrear, ou seja, ter paz, é doar a razão ao outro e a sua mente interpreta o doar a razão ao outro como perda. Por isso não aceitará que isso ocorra placidamente. Gerará novas consciências até que você viva o que ela diz e aí perdeu a paz.

Como duas mentes que querem ganhar podem se harmonizar? Par uma ganhar o outro tem que perder. Isso é verdade absoluta. Ninguém consegue ter a mesma coisa. Duas pessoas diferentes não podem conquistar a mesma coisa.

É por isso que as criações mentais jamais lhe levarão à viver a felicidade. É como diz o ditado popular: cada um puxa a sardinha para a sua brasa. Se um puxa a sua sardinha para a brasa, a do outro não cozinhará. Mas, o outro está com fome e quer cozinhar a dele na frente. Por isso, os dois vivem brigando incessantemente.

Essa é a ideia que aquele que realmente quer exercer o seu poder para ser feliz precisa ter: a ideia de que a mente, o processo mental, as consciências geradas por ela, não podem jamais lhe levar à felicidade. É a partir desta consciência que você pode começar a trabalhar para impor à felicidade na sua existência. Só a tendo é capaz de fazer a felicidade se sobrepujar à intencionalidade da mente.

Se você não trabalhar neste sentido, no sentido de não viver o que a consciência diz como verdade, como realidade, jamais encontrará a paz. Isso porque, como acabamos de provar, a mente nunca vai criar a paz e a harmonia por si só. Mas, aí é que surge o grande problema.

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