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Sendo isto verdade, ou seja, se apenas a Verdade trazida pelos mestres pode servir como base para promover a reforma íntima, como se chega a Deus? Qual o caminho para Deus?

“Eu sou o Caminho, a Verdade, a Luz. Ninguém chega a Deus a não ser através de mim”.

Já ouviram essa frase? Quem é esse eu da frase? O Cristo. E quem foi Cristo? Aquele que ousou enfrentar o mundo, que ousou vencer o mundo.

A vida de Cristo foi o maior exemplo de existir materialmente em união com Deus. No entanto ela começou numa choupana e não em um palácio. Aquele que viveu o maior símbolo de poder, a fé, usava sandália de pescador ou andava descalço mesmo.

Apesar de todo o seu poder dormia não em palácios suntuosos, mas no meio do campo; não se alimentava em faustos banquetes, como as regras humanas levam os atuais professores da lei a fazer, mas com as prostitutas e os cobradores de impostos. Ousou não chamar para si glória de tudo que realizava, mas sempre dizia às pessoas que foi Deus e a fé deles que os salvaram.

Apesar de conhecer e manipular todos os elementos da matéria como se constata na passagem onde anda sobre as águas, ousou se entregar, sem reação, a um exército de três ou quatro legionários armados apenas com espadas e lanças. E ainda disse para Pedro quando este tentou defendê-lo:

“Guarde a sua espada, pois quem usa a espada será morto pela espada. Por acaso você pensa que, se eu pedisse ajuda ao meu Pai, ele não me mandaria logo doze exércitos de anjos? Mas, neste caso, como poderia se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem que é preciso acontecer?” (Mateus, 26,  52 a 54).

Cristo ousou reagir a tudo o que aconteceu na sua existência carnal de uma forma diferente do que qualquer ser humano reagiria. E você que diz segui-lo tem a mesma ousadia. Devia ter. Como ele é o caminho para se chegar a Deus, podemos entender que você só chegará lá se ousar como ele.

O caminho para chegar a Deus é a ousadia de viver a vida carnal fora dos padrões pré-determinados pela humanidade. Essa foi a maior lição que Cristo nos deixou.

Portanto, a sua reforma íntima deve ser vivenciada com a ousadia de vencer os padrões, a obrigatoriedade de reagir de uma determinada forma aos acontecimentos. A elevação espiritual se alcança com a ousadia de lutar contra as verdades que o mundo lhe impõe.

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